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sábado, 27 de outubro de 2007

HERPES » O QUE É, COMO SE TRANSMITE, COMO EVITAR

Dr. Manuel Silva, Médico de Clínica Geral e Familiar


O Herpes Simplex (HSV) é o vírus responsável por uma variedade de infecções na pele e mucosas, assim como noutros órgãos, calculando-se que infecte cerca de 80% da população mundial em idade adulta.


A expressão mais visível e mais frequente desta afecção é o Herpes Labial. No entanto, as lesões herpéticas afectam também frequentemente os órgãos genitais, dando origem ao chamado Herpes Genital.
Existem dois tipos deste vírus: o HSV-1 e o HSV-2.O HSV-1 encontra-se predominantemente nas lesões da face e lábios, enquanto o HSV-2 está implicado principalmente no herpes genital, mas ambos os vírus podem afectar as regiões características do outro, e mesmo outras zonas do corpo.


Como se transmite?
A transmissão do HSV faz-se directamente através do contacto da pele ou mucosas infectadas, com pele ou mucosas sãs.
O contágio ocorre por via oral, por via genital, por via oro-genital ou por auto-inoculação. Daí a possibilidade de existência do vírus HSV-1 na região genital, ou do HSV-2 na região da boca e face.


Quais os sintomas?
Quando se contrai a infecção (infecção primária), os sintomas podem aparecer ao fim de alguns dias (período de incubação de 1 a 26 dias), dando origem à infecção primária.
Depois desta primeira vez, os episódios de infecção podem repetir-se ou não durante o resto da vida. No entanto, a violência dos episódios poderá ser diferente e ter uma frequência variável de pessoa para pessoa.
No caso do herpes labial, são conhecidas as vesículas que surgem em redor da boca, que acabam por ulcerar e secar ao fim de alguns dias, sendo acompanhadas por prurido e ardor local.
No herpes genital, as recorrências também se caracterizam pelo aparecimento de vesículas e úlceras, que se acompanham de dor e ardor locais.


Porque recorre a infecção tantas vezes?
Depois da primeira infecção, os vírus do herpes migram pelas células nervosas até aos chamados gânglios neuronais, onde entram numa fase de latência, ou seja, ficam num estado inactivo em que não provocam doença. Estão a aguardar o aparecimento de condições favoráveis para poderem de novo replicar-se e provocar a doença.
A reactivação ocorre após a acção do sol, do frio, dos ultra-violetas, de traumatismos ou de
outras situações de stress, como as próprias doenças infecciosas. Quando essa reactivação se dá, o vírus replica-se e desloca-se pelas células nervosas regressando à pele ou às mucosas, provocando a infecção.


Prevenção
No caso do herpes genital, o meio mais eficaz de prevenção é a utilização do preservativo durante o acto sexual.
No caso do herpes labial, como a transmissão ocorre geralmente no círculo de amigos ou dos membros das famílias, através do beijo e do contacto não sexual, a prevenção passa apenas por evitar o contacto com a pessoa infectada.


Tratamento
O tratamento do herpes faz-se com anti-virais orais ou de aplicação tópica, que apenas reduzem o tempo de duração da infecção e minimizam os sintomas, não sendo possível erradicar por completo o vírus.
No herpes genital, é possível reduzir a frequência dos episódios com terapêutica anti-viral que o médico poderá prescrever.
Fonte: Médicos de Portugal