O presidente do Colégio de Obstetrícia da Ordem dos Médicos considerou hoje «uma coincidência que nada tem a ver com a assistência médica» o caso dos cinco fetos mortos registados no Hospital do Barreiro desde 20 de Setembro.
A rádio Antena 1 noticiou hoje que o Hospital do Barreiro registou em pouco mais de um mês cinco fetos mortos, um valor próximo do total verificado em 2006 naquele hospital.
«Este caso configura aquilo a que chamamos lei das séries. Em saúde também temos de nos conformar com a regra da coincidência», declarou à agência Lusa Luís Graça, do Colégio de Obstetrícia da Ordem.
Este médico salientou ainda que apenas uma destas cinco situações era uma gravidez de termo (pelo menos 37 semanas de gestação) e que todos os casos são diversos uns dos outros.
«Apenas uma foi uma morte fetal inexplicada num feto de termo, que é uma situação que pode acontecer no Hospital do Barreiro ou em qualquer outro, quer aqui como na Suécia», comentou.
Quanto aos outros casos, Luís Graça disse que respeitavam a situações em que a morte fetal poderia ser esperada.
Além da gravidez de termo, as outras situações eram duas gravidezes entre as 28 semanas e 37 semanas e outras duas de grandes prematuros, entre as 24 e as 28 semanas.
Entre as mulheres registaram-se duas situações de complicações graves de doença hipertensiva da gravidez, uma patologia cardíaca e duas doenças crónicas não especificadas.
Depois de uma investigação interna, a directora do serviço de obstetrícia, Ana Paula Lopes, garantiu à Antena 1 que os fetos mortos não tinham qualquer doença detectada, ao contrário das cinco mães.
«Tal como muitas patologias do foro obstétrico há flutuações e picos, nenhum destes casos têm uma causa comum. Eram gravidezes vigiadas. As grávidas tinham patologias diferentes entre si. Não há qualquer elo comum ou relação entre as situações. Pensamos que se trata de uma coincidência infeliz», referiu.
A médica garantiu não haver razão para preocupações. «Ao longo dos anos estes casos acontecem em várias instituições e por todo o mundo e não há razão para que volte a acontecer. Nós até agora temos tido uma média muito baixa (de mortes de fetos no útero), tal como se tem vindo a diminuir a morte perinatal», referiu.
A especialista referiu que as análises e ecografias realizadas não detectaram qualquer anomalia, acrescentando que as causas de mortes fetais no útero são variadas e vão desde infecções a doenças maternas.
Apenas se evitam mortes fetais quando se conhecem exactamente as razões para tal acontecer como quando há patologia grave do feto ou da mulher, acrescentou.
Os cinco casos mais recentes no Hospital do Barreiro envolveram uma gravidez de termo (período igual ou superior a 37 semanas), duas gravidezes entre as 28 semanas e 37 semanas e outras duas de grandes prematuros, entre as 24 e as 28 semanas.
Entre as mulheres registaram-se duas situações de complicações graves de doença hipertensiva da gravidez, uma patologia cardíaca e duas doenças crónicas não especificadas.
Todas as grávidas estavam a ser seguidas: três vigiadas no próprio hospital e duas em centro de saúde.
Por conhecer estão ainda os resultados das autópsias aos fetos.
Em 2006 foram registados naquele hospital seis nados-mortos, o mesmo número referido entre Janeiro e Setembro do presente ano.
Destes últimos, o hospital indicou que dois fetos tinham malformações cardíacas, duas mortes fetais ocorreram em grávidas portadoras de patologia grave induzida pela gravidez e duas gravidezes não eram vigiadas.
São considerados fetos mortos todos os fetos com morte fetal no útero com idade estaciona igual ou superior a 24 semanas (seis meses).
Fonte: Diário Digital / Lusa
A rádio Antena 1 noticiou hoje que o Hospital do Barreiro registou em pouco mais de um mês cinco fetos mortos, um valor próximo do total verificado em 2006 naquele hospital.
«Este caso configura aquilo a que chamamos lei das séries. Em saúde também temos de nos conformar com a regra da coincidência», declarou à agência Lusa Luís Graça, do Colégio de Obstetrícia da Ordem.
Este médico salientou ainda que apenas uma destas cinco situações era uma gravidez de termo (pelo menos 37 semanas de gestação) e que todos os casos são diversos uns dos outros.
«Apenas uma foi uma morte fetal inexplicada num feto de termo, que é uma situação que pode acontecer no Hospital do Barreiro ou em qualquer outro, quer aqui como na Suécia», comentou.
Quanto aos outros casos, Luís Graça disse que respeitavam a situações em que a morte fetal poderia ser esperada.
Além da gravidez de termo, as outras situações eram duas gravidezes entre as 28 semanas e 37 semanas e outras duas de grandes prematuros, entre as 24 e as 28 semanas.
Entre as mulheres registaram-se duas situações de complicações graves de doença hipertensiva da gravidez, uma patologia cardíaca e duas doenças crónicas não especificadas.
Depois de uma investigação interna, a directora do serviço de obstetrícia, Ana Paula Lopes, garantiu à Antena 1 que os fetos mortos não tinham qualquer doença detectada, ao contrário das cinco mães.
«Tal como muitas patologias do foro obstétrico há flutuações e picos, nenhum destes casos têm uma causa comum. Eram gravidezes vigiadas. As grávidas tinham patologias diferentes entre si. Não há qualquer elo comum ou relação entre as situações. Pensamos que se trata de uma coincidência infeliz», referiu.
A médica garantiu não haver razão para preocupações. «Ao longo dos anos estes casos acontecem em várias instituições e por todo o mundo e não há razão para que volte a acontecer. Nós até agora temos tido uma média muito baixa (de mortes de fetos no útero), tal como se tem vindo a diminuir a morte perinatal», referiu.
A especialista referiu que as análises e ecografias realizadas não detectaram qualquer anomalia, acrescentando que as causas de mortes fetais no útero são variadas e vão desde infecções a doenças maternas.
Apenas se evitam mortes fetais quando se conhecem exactamente as razões para tal acontecer como quando há patologia grave do feto ou da mulher, acrescentou.
Os cinco casos mais recentes no Hospital do Barreiro envolveram uma gravidez de termo (período igual ou superior a 37 semanas), duas gravidezes entre as 28 semanas e 37 semanas e outras duas de grandes prematuros, entre as 24 e as 28 semanas.
Entre as mulheres registaram-se duas situações de complicações graves de doença hipertensiva da gravidez, uma patologia cardíaca e duas doenças crónicas não especificadas.
Todas as grávidas estavam a ser seguidas: três vigiadas no próprio hospital e duas em centro de saúde.
Por conhecer estão ainda os resultados das autópsias aos fetos.
Em 2006 foram registados naquele hospital seis nados-mortos, o mesmo número referido entre Janeiro e Setembro do presente ano.
Destes últimos, o hospital indicou que dois fetos tinham malformações cardíacas, duas mortes fetais ocorreram em grávidas portadoras de patologia grave induzida pela gravidez e duas gravidezes não eram vigiadas.
São considerados fetos mortos todos os fetos com morte fetal no útero com idade estaciona igual ou superior a 24 semanas (seis meses).
Fonte: Diário Digital / Lusa