
Segundo refere a edição desta terça-feira do Jornal de Notícias, o Governo tem previsto a criação, até final deste ano, de 2700 camas reservadas para cuidados continuados e paliativos (doentes em fase terminal sem tratamento) no território nacional, embora o objectivo seja aumentar o número - 1000 camas só para paliativos até 2016 - dentro dos próprios hospitais e avançar para a especialização.
Entretanto, a Tutela inaugura, esta terça-feira, a primeira unidade de cuidados continuados especializada em doentes pós Acidente vascular cerebral + (AVC + ), em Évora, embora esteja igualmente previsto um serviço semelhante no Hospital do Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede.
No futuro, outros poderão surgir, já que um terço dos doentes que entram na rede de cuidados continuados é vítima de AVC.
Cármen Pignatelli + defende ainda a criação de estruturas análogas especializadas noutro tipo de doenças, seja Alzheimer + ou cuidados para adolescentes.
«É injustificável que não existam unidades de Cuidados paliativos + em hospitais, nomeadamente, de foro oncológico», defendeu.
Sem nunca referir os Serviços de Urgência, a secretária de Estado criticou «os autarcas e dirigentes hospitalares (…) que lutam por determinada valência (…) por andarem desatentos às verdadeiras necessidades dos cidadãos que servem».
«Hoje 54% das pessoas morrem no hospital, não na sequência de um episódio agudo, mas por doença crónica. O SNS tem que se adaptar a esta realidade», afirmou a governante.
Por outro lado, a par de «uma rede pública de cuidados continuados dentro dos hospitais», prometidos já para 2008, a secretária de Estado apelou ao desenvolvimento do apoio domiciliário pelos próprios hospitais.
Fonte: Diário Digital