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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

HIPERTENSÃO: TENSÃO ARTERIAL CONTROLADA PREVINE 40% DOS AVC

Urge dar atenção às manifestações de uma doença que afecta mais de 50% dos portugueses e recorrer ao tratamento ainda numa fase precoce.
Hipertensos não tomam medicamentos

Muitos hipertensos não dão o devido valor à doença de que padecem, sobretudo, devido à ausência de sintomas.
Sem saberem, estão em sério risco de sofrer um enfarte do miocárdio ou um acidente vascular cerebral. Assim, para evitar males maiores, urge medir a tensão arterial e, no caso de se sofrer deste mal, controlar os valores com a terapêutica adequada.

Tensão arterial controlada previne 40% dos AVC
Se a hipertensão arterial for tratada e controlada na devida altura, é possível prevenir a ocorrência de aproximadamente 40% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e 25% dos enfartes do miocárdio.
«É importante que as pessoas percebam que a prevenção dos acidentes cardio e cerebrovasculares passa pelo controlo da hipertensão arterial», afirma o Dr. João Saavedra, cardiologista e chefe de Serviço de Medicina do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Acontece, no entanto, que um dos principais entraves ao controlo eficaz da hipertensão é a própria terapêutica. Isto porque muitos hipertensos não tomam os medicamentos.
«Alguns doentes acham que são caros, outros, sentindo-se bem, não encontram motivos para fazer uma terapêutica vitalícia, ainda para mais quando alguns fármacos provocam efeitos secundários muito desagradáveis», explica João Saavedra, que também é presidente eleito da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).
E continua: «Há uma luta constante entre o médico e o doente devido aos efeitos acessórios que quase todos os medicamentos indicados no tratamento da hipertensão provocam. Sendo esta uma patologia silenciosa, o doente não tem sintomas e, de repente, quando passa a fazer terapêutica para controlar a tensão arterial, aí é que começa a ter problemas como, por exemplo, fraqueza, tonturas ou disfunção sexual.»
Porém, existem outros motivos infundados para a falta de adesão à terapêutica por parte dos doentes.
Segundo João Saavedra, «muitas pessoas, apesar de saberem que são hipertensas, não valorizam o seu problema. Noutros casos, abandonam a terapêutica quando atingem os valores normais, como se não fosse preciso continuar. Há também aqueles doentes que só descobrem o seu problema quando têm um enfarte ou um AVC». O único estudo realizado em Portugal até à data sobre a prevalência da hipertensão arterial comprova todos estes factos. Segundo a pesquisa, apenas 11% dos doentes têm a hipertensão controlada.
«Os números são muito semelhantes ao que se verifica nos outros países», garante o cardiologista. A título de exemplo, no Reino Unido a taxa de controlo é de 6%, enquanto nos EUA atinge os 30%. tensão arterial controlada previne 40% dos AVC

Urge dar atenção às manifestações de uma doença que afecta mais de 50% dos portugueses e recorrer ao tratamento ainda numa fase precoce.
Hipertensos não tomam medicamentos
Muitos hipertensos não dão o devido valor à doença de que padecem, sobretudo, devido à ausência de sintomas.
Sem saberem, estão em sério risco de sofrer um enfarte do miocárdio ou um acidente vascular cerebral. Assim, para evitar males maiores, urge medir a tensão arterial e, no caso de se sofrer deste mal, controlar os valores com a terapêutica adequada.

Tensão arterial controlada previne 40% dos AVC
Se a hipertensão arterial for tratada e controlada na devida altura, é possível prevenir a ocorrência de aproximadamente 40% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e 25% dos enfartes do miocárdio.
«É importante que as pessoas percebam que a prevenção dos acidentes cardio e cerebrovasculares passa pelo controlo da hipertensão arterial», afirma o Dr. João Saavedra, cardiologista e chefe de Serviço de Medicina do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Acontece, no entanto, que um dos principais entraves ao controlo eficaz da hipertensão é a própria terapêutica. Isto porque muitos hipertensos não tomam os medicamentos.
«Alguns doentes acham que são caros, outros, sentindo-se bem, não encontram motivos para fazer uma terapêutica vitalícia, ainda para mais quando alguns fármacos provocam efeitos secundários muito desagradáveis», explica João Saavedra, que também é presidente eleito da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH).
E continua: «Há uma luta constante entre o médico e o doente devido aos efeitos acessórios que quase todos os medicamentos indicados no tratamento da hipertensão provocam. Sendo esta uma patologia silenciosa, o doente não tem sintomas e, de repente, quando passa a fazer terapêutica para controlar a tensão arterial, aí é que começa a ter problemas como, por exemplo, fraqueza, tonturas ou disfunção sexual.»
Porém, existem outros motivos infundados para a falta de adesão à terapêutica por parte dos doentes.
Segundo João Saavedra, «muitas pessoas, apesar de saberem que são hipertensas, não valorizam o seu problema. Noutros casos, abandonam a terapêutica quando atingem os valores normais, como se não fosse preciso continuar. Há também aqueles doentes que só descobrem o seu problema quando têm um enfarte ou um AVC».
O único estudo realizado em Portugal até à data sobre a prevalência da hipertensão arterial comprova todos estes factos. Segundo a pesquisa, apenas 11% dos doentes têm a hipertensão controlada.
«Os números são muito semelhantes ao que se verifica nos outros países», garante o cardiologista.
A título de exemplo, no Reino Unido a taxa de controlo é de 6%, enquanto nos EUA atinge os 30%.
Fonte: Sapo Saúde