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sábado, 20 de outubro de 2007

Identificados circuitos cerebrais que controlam apetite

Spray nasal que envia os mesmos sinais da ingestão está a ser testado
Uma equipa de investigadores da
University College London + e da King's College + London, no Reino Unido, descobriu que a hormona responsável pela regulação do apetite, a peptide YY (PYY), produz um padrão de actividade cerebral muito mais complexo do que se pensava, o que poderá dar azo ao desenvolvimento de novos tratamentos para a Obesidade + .
Segundo a BBC, ao fazerem o scan ao cérebro de voluntários, verificaram que a actividade incide não só nas zonas primitivas que controlam as necessidades básicas de alimentação, mas também nos centros que controlam o prazer e as recompensas. A PYY é enviada para a corrente sanguínea, após a ingestão, sendo enviados sinais ao cérebro de que foi ingerida comida. Para obter o mesmo efeito, está agora a ser testado um spray nasal que envia os mesmo sinais, para se tentar combater a obesidade.
Oito homens de peso normal estiveram 14 horas sem comer, sendo-lhes então administrada PYY ou placebo (simulação de remédio). Os seus cérebros foram então analisados durante 100 minutos, através de imagens de
Ressonância magnética + (MRI). Cerca de 30 minutos depois, foi-lhes oferecida uma refeição ilimitada. Cada voluntário foi testado duas vezes, com uma semana de intervalo, em que numa foi administrado com a PYY e na outra com o placebo. A PYY reduziu em 25 por cento a ingestão de calorias.
Rachel Batterham, do Conselho de Pesquisa Médica, diz que «no estado de privação de alimentos, a actividade cerebral dentro do hipotálamo “adivinhava” a quantidade de comida ingerida pelo voluntário. Contudo, na presença de níveis de PYY que mimetizavam alimentos, houve uma mudança nos circuitos que controlam a alimentação, para que a actividade cerebral dentro do cortéx orbitofrontal agora desencadeasse um comportamento após ingestão».
A investigadora diz ainda que «compreender que regiões do cérebro controlam a ingestão em diferentes ambientes pode ajudar-nos a desenvolver tratamentos mais direccionados, para pessoas com problemas de peso. Mas agora é necessária mais investigação para perceber em que circutos as pessoas com falta ou excesso de peso têm problemas».
Fonte: Sapo Saúde