O médico de trabalho que detectou e denunciou o caso do cirurgião seropositivo à direcção clínica e conselho de administração do hospital público onde este trabalha está a ser alvo de um processo disciplinar instaurado pela Ordem dos Médicos + , por quebra de sigilo.
A notícia é avançada na edição desta sexta-feira do Público, que cita declarações do bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, para quem «o médico tinha a obrigação de não comunicar (a terceiros) o caso», além de que a medicina de trabalho «não é um sistema de investigação policial das pessoas».
Sublinhando que a OM está ainda a avaliar o risco real de contágio do cirurgião seropositivo para os seus doentes - para isso foram pedidos pareceres aos colégios da especialidade de doenças infecciosas e cirurgia geral -, Pedro Nunes diz que o clínico não pode perder os seus direitos de cidadania por estar infectado com HIV. E notou que ele é «obrigado a operar um doente, mesmo que este seja seropositivo».
O código deontológico obriga os médicos a tratar os doentes, frisou o bastonário.
«O risco médico de transmissão de HIV de um cirurgião a um doente por acidente percutâneo durante procedimento invasivo é de 2,4 a 24 por milhão», de acordo com um parecer da professora de Direito da Universidade Lusíada de Lisboa, Maria do Céu Rueff.
Se o risco for deste nível, adiantou o bastonário, a OM «não obrigará o médico a fazer coisa nenhuma (nomeadamente mudar de especialidade)». «Apenas lhe diremos que tem a obrigação ética de tomar todas as precauções».
A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde anunciou, entretanto, que aguarda a avaliação da OM para emitir uma recomendação ao hospital
A notícia é avançada na edição desta sexta-feira do Público, que cita declarações do bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, para quem «o médico tinha a obrigação de não comunicar (a terceiros) o caso», além de que a medicina de trabalho «não é um sistema de investigação policial das pessoas».
Sublinhando que a OM está ainda a avaliar o risco real de contágio do cirurgião seropositivo para os seus doentes - para isso foram pedidos pareceres aos colégios da especialidade de doenças infecciosas e cirurgia geral -, Pedro Nunes diz que o clínico não pode perder os seus direitos de cidadania por estar infectado com HIV. E notou que ele é «obrigado a operar um doente, mesmo que este seja seropositivo».
O código deontológico obriga os médicos a tratar os doentes, frisou o bastonário.
«O risco médico de transmissão de HIV de um cirurgião a um doente por acidente percutâneo durante procedimento invasivo é de 2,4 a 24 por milhão», de acordo com um parecer da professora de Direito da Universidade Lusíada de Lisboa, Maria do Céu Rueff.
Se o risco for deste nível, adiantou o bastonário, a OM «não obrigará o médico a fazer coisa nenhuma (nomeadamente mudar de especialidade)». «Apenas lhe diremos que tem a obrigação ética de tomar todas as precauções».
A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde anunciou, entretanto, que aguarda a avaliação da OM para emitir uma recomendação ao hospital
Fonte: Diário Digital