
Através da realização de ressonâncias magnéticas a 15 pessoas (sete homens e oito mulheres), um grupo de investigadores do Instituto de Neurologia + da Universidade de Londres observou o mecanismo cerebral que influencia os pensamentos positivos.
A actividade da amígdala (grupo de Neurónios + relacionado com as emoções e a experiência pessoal) e do córtex singular anterior (região situada entre os dois hemisférios) é menor quando os indivíduos pensam em situações negativas do futuro e quando recordam o passado. Nas pessoas optimistas em relação a acontecimentos futuros, acontece o oposto.
Investigações prévias tinham já demonstrado que a amígdala tem um papel importante nas emoções relacionadas com a cognição, como a memória e a tomada de decisões. Então, pode concluir-se que "a regulação emocional está relacionada com o optimismo", explicou Tali Sharot, uma das investigadoras, ao jornal espanhol "El Mundo".
As conclusões do estudo podem ser úteis na compreensão dos mecanismos que influenciam as situações de depressão. Os investigadores acreditam que "os sintomas depressivos se associam ao pessimismo e à dificuldade em criar imagens detalhadas do futuro". Sugerem, por isso, que a depressão pode ser causada pelo "mau funcionamento da conexão neural entre a amígdala e a região do córtex singular anterior".
Os autores do estudo referem também que os indivíduos optimistas têm mais facilidade em adaptar-se a certas situações. "O optimismo está relacionado com a saúde mental e física e adapta-se porque conduz-nos aos nossos objectivos", defendeu Tali Sharot.
Este trabalho pode contribuir para o tratamento de casos de depressão e transtorno bipolar.
Fonte: Jornal de Notícias