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quarta-feira, 31 de outubro de 2007

POUCAS AJUDAS NA SAÚDE

Está em risco o cumprimento dos Objectivos do Milénio traçados pelas Nações Unidas no campo da saúde dos mais pobres, alertou ontem em Pequim a responsável pela Organização Mundial de Saúde + (OMS + ). Margaret Chan + atribuiu a quase inevitabilidade desse falhanço à escassez de investimento na investigação sobre doenças transmissíveis por parte dos países mais ricos. Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, que incluem uma série de metas nos planos social e económico a atingir em 2015, com vista à redução da pobreza a metade face ao começo da década de 90, dificilmente vão ser cumpridos. Quem o afirma é Margaret Chan que, ao intervir no Fórum Global para a Investigação em Saúde, lembrou que o programa já começou a contagem decrescente e muito pouco foi conseguido. "De todos os objectivos, aqueles directamente relacionados com a saúde são os que menor probabilidade temos de atingir", disse a responsável pela OMS.
De acordo com o presidente do fórum que decorre em Pequim, registou-se um incremento notável dos gastos na pesquisa em saúde, que se situam agora em cerca de 190 mil milhões de euros anuais; em duas décadas quadruplicaram tais verbas. No entanto, acrescentou Stephen Matlin, só uma ínfima fracção é afectada aos problemas de saúde dos mais pobres e das populações que vivem nos países em desenvolvimento.
No passado, as questões de saúde em países pobres focavam-se na Malária + e na Tuberculose + . Mas a migração para as cidades está agora a revelar problemas associados ao estilo de vida urbano, bem como à mudança de alimentação e à poluição, mudando o enfoque para o cancro, a Diabetes + e os problemas coronários. O mesmo especialista chamou a atenção para o facto de serem dificilmente aplicáveis em países pobres, sem sistemas de saúde sofisticados nem uma miríade de profissionais, as tecnologias e fármacos saídos das mais recentes investigações.
Fonte: Jornal de Notícias