O director da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve lamentou que os 19 chefes de urgências do Hospital de Faro que se demitiram em bloco não tivessem primeiro tentado dialogar com a administração.
«Lamento que essa carta [à administração e directora clínica da unidade] tenha sido feita sem qualquer tentativa de entrar em diálogo com a administração», disse Rui Lourenço à Agência Lusa.
O pedido de demissão foi anunciado hoje pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, que considerou que os utentes que se deslocam àquele serviço correm um «risco efectivo» devido às suas «inaceitáveis» condições.
O grupo apresentou a sua demissão na passada semana como forma de protesto contra as condições a que se submetem os doentes que recorrem ao serviço de urgência, mas continuam em funções até um prazo máximo de dois meses.
Reconhecendo que o Hospital tem «dificuldades do ponto de vista físico», o director da ARS/Algarve sublinhou contudo que esses problemas «não tiveram um crescimento exponencial» nos últimos anos e que são essencialmente «os mesmos de há 10 ou 15 anos».
«Não há mais procura do que no passado, porque não houve crescimento da procura das urgências por parte dos doentes«, vincou.
Por outro lado, deplorou que o bastonário tenha aproveitado uma visita ao Algarve num outro âmbito - relacionado com a sua recandidatura à Ordem dos Médicos - »para fazer um número« com impacto mediático.
Acentuou que a reestruturação das urgências do Hospital Distrital de Faro está para breve e que haverá também obras nos blocos operatórios.
Sobre o novo Hospital Central - uma unidade de gestão público-privada a construir no Parque das Cidades, a uma dezena de quilómetros de Faro - acentuou que o respectivo contrato-programa será assinado no primeiro trimestre de 2008.
Respondendo às críticas de que não há verba no Orçamento de Estado para aquela obra, sublinhou que »essa consignação não tem que existir ainda, e isso só poderá acontecer quando houver um caderno de encargos«.
«Primeiro, o Estado tem que calcular os custos e saber se há privados que os consigam superar», enfatizou, atribuindo as críticas da oposição sobre a inexistência de verba em 2008 a «manobras de baixa política».
Fonte: Diário Digital / Lusa
«Lamento que essa carta [à administração e directora clínica da unidade] tenha sido feita sem qualquer tentativa de entrar em diálogo com a administração», disse Rui Lourenço à Agência Lusa.
O pedido de demissão foi anunciado hoje pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, que considerou que os utentes que se deslocam àquele serviço correm um «risco efectivo» devido às suas «inaceitáveis» condições.
O grupo apresentou a sua demissão na passada semana como forma de protesto contra as condições a que se submetem os doentes que recorrem ao serviço de urgência, mas continuam em funções até um prazo máximo de dois meses.
Reconhecendo que o Hospital tem «dificuldades do ponto de vista físico», o director da ARS/Algarve sublinhou contudo que esses problemas «não tiveram um crescimento exponencial» nos últimos anos e que são essencialmente «os mesmos de há 10 ou 15 anos».
«Não há mais procura do que no passado, porque não houve crescimento da procura das urgências por parte dos doentes«, vincou.
Por outro lado, deplorou que o bastonário tenha aproveitado uma visita ao Algarve num outro âmbito - relacionado com a sua recandidatura à Ordem dos Médicos - »para fazer um número« com impacto mediático.
Acentuou que a reestruturação das urgências do Hospital Distrital de Faro está para breve e que haverá também obras nos blocos operatórios.
Sobre o novo Hospital Central - uma unidade de gestão público-privada a construir no Parque das Cidades, a uma dezena de quilómetros de Faro - acentuou que o respectivo contrato-programa será assinado no primeiro trimestre de 2008.
Respondendo às críticas de que não há verba no Orçamento de Estado para aquela obra, sublinhou que »essa consignação não tem que existir ainda, e isso só poderá acontecer quando houver um caderno de encargos«.
«Primeiro, o Estado tem que calcular os custos e saber se há privados que os consigam superar», enfatizou, atribuindo as críticas da oposição sobre a inexistência de verba em 2008 a «manobras de baixa política».
Fonte: Diário Digital / Lusa