O sistema de aprovação de novos medicamentos adoptado pela Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos + (FDA + ) pode estar a pôr em risco a população idosa. De acordo com um relatório elaborado por auditores governamentais, muitos Ensaios clínicos + excluem os participantes que se encaixam nesta faixa etária, enquanto outros não registam os parâmetros de segurança e eficácia dos medicamentos no caso dos idosos.
As directrizes da FDA recomendam que as farmacêuticas incluam participantes idosos na realização dos ensaios clínicos para determinar se os fármacos são seguros e eficazes, e exige que as empresas apresentem os resultados de acordo com os grupos etários. No entanto, a entidade reguladora não obriga os seus funcionários a relatarem se há idosos suficientes a participarem nos ensaios clínicos pelo que se regista uma falha na documentação dos efeitos de um medicamento experimental nos pacientes seniores, revela o relatório divulgado pelo Departamento de Contabilidade Governamental (GAO), o braço de investigação do Congresso.
“Os idosos utilizam mais medicamentos do que qualquer outro grupo etário, mas não estão a receber a devida atenção no processo de aprovação de medicamentos”, afirmou Henry Waxman, um democrata que dirige o Comité de Vigilância e Reforma Governamental e que encomendou o estudo em conjunto com o senador Edward M. Kennedy, presidente do Comité de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões.
Há vários anos que as publicações da especialidade falam na escassez de participantes idosos nos ensaios clínicos, mesmo naqueles que testam medicamentos que tratam problemas que aparecem mais frequentemente em idade avançada, como a doença de Parkinson + . Os cidadãos com 65 anos ou mais estão também mais aptos do que os outros adultos a sofrerem efeitos secundários derivados da medicação.Segundo noticia a Bloomberg, numa resposta a estes resultados, a FDA afirmou que o estudo negligencia a “duração” e os esforços “extensivos” para assegurar uma representação adequada dos idosos nos ensaios clínicos.
Marta Bilro
Fonte: Farmácia