
Este novo sistema de avaliação foi publicado num estudo na última edição on-line do jornal do Instituto Nacional do Cancro.
Um novo modelo estatístico mostra que o risco de cancro da mama nas mulheres afro-americanas é duas vezes superior ao avaliado até agora.
O «Breast Cancer Risk Assessment Tool», ou «modelo de Gail», era há muito tempo utilizado para avaliar os riscos de cancro da mama nas mulheres negras e determinar quais eram elegíveis para participar em ensaios clínicos para novos tratamentos anti-cancerígenos e beneficiar também de tratamentos preventivos.
No entanto, este modelo era baseado em estatísticas de cancro da mama em mulheres brancas.
O novo instrumento de avaliação dos riscos, o CARE, foi elaborado a partir de dados provenientes tanto de mulheres negras que não tiveram cancro da mama, como de mulheres que foram afectadas pela doença.
Mitchell Gail, do Instituto nacional americano do cancro, autor do antigo modelo e que também dirigiu a equipa que concebeu o novo, testou-o de seguida a partir de dados provenientes de dois grandes ensaios clínicos com Tamoxifen e Raloxifen, dois tratamentos anti-cancerígenos.
Segundo o novo utensílio estatístico, 30 por cento das afro-americanas com idades iguais ou superiores a 45 anos têm um risco de pelo menos 1,66 por cento de desenvolver um cancro da mama num período de cinco anos.
Fonte: Diário Digital / Lusa