Com ou sem comparticipação financeira da República, o novo hospital central do Funchal será construído. O presidente do Governo Regional + garante que assim será, seja qual for o estado do Estado. Para já, está em fase de pré-projecto, depois será lançado o concurso público para o projecto. Complicado? "Só se for para os gajos que não queriam que se fizesse o hospital".
As palavras ditas no fim da sessão de abertura das 3ª Jornadas de Reumatologia + (que estão a decorrer no CS Hotel) coincidiram com o discurso de Jardim na cerimónia. Após ouvir os lamentos de alguma escassez de meios no serviço de Reumatologia, o presidente do Governo apontou o novo hospital como a grande solução para as preocupações de Alberto Quintal, o chefe do serviço no Hospital Central do Funchal + .
Por Estado Social
Sem dúvidas quanto à construção da nova unidade, Jardim mostrou-se preocupado com os crescentes custos da Saúde, mas voltou a afirmar-se um defensor do Estado Social. Ou seja, entende que é preciso estar atento, ver como se pode e deve gerir os meios, mas deixou claro que a Saúde e a Segurança Social + são áreas prioritárias, não são para fazer cortes. Os cortes são para os investimentos de folclore.
De resto e perante uma assistência de técnicos de saúde vindos de fora, voltou a insistir na função social do investimento público, na necessidade de haver emprego e garantias sociais para os cidadãos. Alberto João Jardim + só lamenta que, uma vez mais, ao assinar novo tratado, a União Europeia + tenha perdido a oportunidade de caminhar efectivamente para a coesão social, para o Estado Social construído sob a égide da União.
Ao deixar essa competência para os estados centrais, a União Europeia passou adiante, manteve-se como até agora, como um espaço de coesão económica. Este tratado, referiu, é mais um acto falhado nessa tentativa de promover o Estado Social. E esse Estado Social uma das mais importantes características das democracias europeias.
Marta Caires
Marta Caires
Fonte: Diário de Notícias