Na edição deste mês da revista «Pro Teste», a DECO - Associação de Defesa do Consumidor + -, apresentou um teste feito a brinquedos comprados em várias lojas, considerando que alguns não deveriam estar à venda por serem perigosos para as crianças. Com base nesta lista, o SOL visitou algumas lojas on-line para saber se estes artigos podem ser adquiridos via Internet. Os resultados não foram animadores.
No total, foram 30 os brinquedos comprados pela DECO, em várias lojas, sendo que 18 não deveriam estar à venda por razões tão diversas como a existência de peças pequenas que se soltam ou pontas aguçadas que podem surgir com a queda dos objectos e, consequentemente, ferir as crianças. Destes 18, pelo menos dois podem ser comprados em lojas on-line, desde o site da própria marca até lojas especializadas na venda de brinquedos ou mesmo referências como a «Amazon.com».
Os brinquedos da lista que podem ser comprados on-line são:
O conjunto Bubble Gum Kids Room - cujas falhas apontadas pela DECO são as peças pequenas, o surgimento de pontas aguçadas quando o brinquedo cai ao chão, e o facto de o plástico da embalagem ser fino e não ter perfuração - está à venda em sites de lojas de brinquedos britânicas, podendo ser encomendado para outros países, incluindo Portugal.
O brinquedo Imabubble - que a associação refere não descrever o seu conteúdo nem qualquer aviso sobre os seus perigos - pode ser encontrado na loja on-line espanhola «Imaginarium».
Um brinquedo que não se encontra nos 18 chumbados mas foi classificado pela DECO com nota medíocre - o Magnetic Action Crossing - encontra-se à venda no site da marca e também na Amazon.com.
Contudo, esta situação apenas se verifica em sites estrangeiros, uma vez que nas páginas web das principais lojas portuguesas que vendem brinquedos, como hipermercados ou lojas da especialidade, não encontrámos nenhum dos artigos assinalados.
Da parte da DECO, não existe conhecimento de que qualquer um destes produtos esteja à venda on-line. A questão ganha mais relevo nesta altura do ano, a pouco tempo do Natal, em que as lojas de brinquedos são das mais procuradas. A alternativa para quem não gosta de perder tempo em filas e confusões pode ser, precisamente, ir à Internet procurar as prendas que vai oferecer. A associação considera, no artigo da «Pro Teste», que, «como estes problemas podem ser detectados antes do fabrico, os fabricantes não têm desculpa» para eles chegarem às lojas.
Para ajudar os consumidores a denunciar brinquedos que considerem perigosos, a associação criou uma área no seu site destinada a este efeito, onde se encontra um formulário que a DECO se compromete enviar para as entidades competentes, neste caso, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica + (ASAE + ).
Fonte: SOL