A Secretaria Regional dos Assuntos Sociais + vai alargar o conceito “Hospitais de Dia” à maioria das valências médicas, anunciou ontem, ao JM, o secretário regional dos Assuntos Sociais.Jardim Ramos explica que o conceito está já em vigor no Hospital Central do Funchal + , na valência da hemato-oncologia (tratamento do cancro por vias endovenosas). A médio prazo será estendido às áreas da Unidade da Dor e da Pneumologia.
Na prática, tal implica que, segundo o secretário regional dos Assuntos Sociais, o paciente receba o tratamento durante o dia e que, à noite, volte às suas casas. Isto, claro, nos casos em que é possível essa deslocação e desde que haja suporte técnico e profissional que garanta o bem-estar do doente.Mas, o governante promete ir mais além e alargar ao máximo possível o número de valências abrangidas, exceptuando, claro, as que impeçam a locomoção dos doentes até aos seus domicílios, à noite. Por isso, admite que «há áreas onde esse conceito nunca será aplicado».
O nosso interlocutor lembra que o próximo hospital irá trabalhar muito sob esse conceito, aliás, um dos motivos pelo qual terá menos camas do que o actual, já que o objectivo é que seja aplicado, ao máximo, o conceito “Hospital de Dia” e que sejam apenas hospitalizadas dia e noite os doentes que necessitem dessa hospitalização.
Jardim Ramos assume que esta medida irá melhorar o serviço hospitalar, libertando camas, o que na prática implicará que serão mais utentes a serem servidos.
Mas, refere, o objectivo é mais de ordem humana: «É sempre desagradável, do ponto de vista psicológico, passar a noite no hospital. Se pudermos evitar essa carga ao doente, melhor».
Por outro lado, Jardim Ramos enfatiza a afectação de novas instalações ao hospital de dia da Hemodiálise. Aliás, esse futuro Centro, a criar no Hospital da Cruz de Carvalho + , terá o nome de José Miguel Mendonça, actual presidente da Assembleia Legislativa da Madeira + mas que já foi secretário regional dos Assuntos Sociais.
Jardim Ramos lembra, a propósito, a importância de José Miguel Mendonça na resolução de uma lacuna que existia nos serviços de Saúde madeirense. Por isso, frisa, «justifica-se plenamente esta atribuição».
Fonte: JM