Uma nova terapia experimental reverteu a Diabetes tipo I em ratinhos. O estudo, divulgado nos “Annals of National Academy of Sciences”, dos EUA, refere que os testes clínicos do tratamento em humanos começam no próximo ano.
A resistência à insulina foi durante muito tempo uma característica da Diabetes tipo II ou de aparecimento tardio, mas só recentemente foi identificada como um componente da Diabetes juvenil ou de tipo I.
Com este estudo, investigadores da Harvard Medical School demonstraram, pela primeira vez, que tratar a inflamação vinculada à resistência à insulina assim como o componente auto-imune da doença pode revertê-la, se esta for detectada a tempo. "Acreditamos que este é o primeiro estudo que mostra que a inflamação nos tecidos sensíveis à insulina desempenha um papel importante nesta doença", disse Terry Strom, co-autor do estudo.
Neste estudo, os cientistas trataram ratinhos com Diabetes incipiente com um cocktail de três substâncias que impediram que as células T do organismo destruíssem as células do pâncreas que produzem insulina. Também eliminaram a inflamação que afectava a capacidade dos tecidos para metabolizar adequadamente a insulina.
Os ratinhos foram tratados durante um período de 14 a 28 dias, e em cinco a sete semanas, 95% deles tinham os níveis de açúcar no sangue normais, tendo conseguido controlar a glucose no sangue durante 300 dias. Ao invés, os roedores não medicados desenvolveram hipoglicemia e a maioria morreu em cerca de sete semanas, inclusive com tratamento de insulina.
Os resultados sugerem, segundo os investigadores, que qualquer terapia que procura deter o desenvolvimento da Diabetes em humanos deveria centrar-se nas células T, como também na reparação da resposta à insulina nos tecidos afectados pela inflamação.
Fonte: Médicos na Internet