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terça-feira, 15 de janeiro de 2008

ENFERMEIROS À MERCÊ DA OFERTA DE EMPREGO

Lugares escasseiam embora haja falta de profissionais nos serviços





Um inquérito feito pela Federação Nacional de Associações de Estudantes de Enfermagem revelou ontem que metade dos enfermeiros não conseguiu emprego na área de formação seis meses depois de ter terminado o curso. Na Região, o Desemprego + também existe entre estes profissionais. "Pela primeira vez nos últimos dois anos, temos enfermeiros no desemprego", apontou o presidente do Sindicato dos Enfermeiros na Madeira, Juan Carvalho + .



O responsável alertou para a ambiguidade actual da situação. Neste momento, há enfermeiros sem emprego, mas também uma falta de profissionais nos vários estabelecimentos do Serviço Regional de Saúde + .



"Há falta de enfermeiros nos serviços, mas estão no desemprego", frisou, explicando que a última oferta pública de emprego previa cerca de 63 vagas e concorreram, na altura, mais de quatrocentos enfermeiros. Juan Carvalho explicou que, na Região, os enfermeiros assinam contratos de trabalho por tempo indeterminado, havendo a possibilidade de continuarem na instituição. O mesmo não acontece a nível do continente. Muitas vezes, os enfermeiros são contratados a prazo e, no final desses acordos, acabam por ser dispensados. "Esta é uma realidade cada vez maior a nível nacional", referiu, apontando que a situação é mais "estável" na Região, embora pese o facto de não abrirem concursos públicos. Os contratos a prazo, na opinião do responsável, "criam instabilidade nos enfermeiros e deterioram a qualidade dos cuidados".




A condicionar esta situação poderão estar, como apontou, "dificuldades económicas". "Há falta de enfermeiros em todos os serviços do Serviço Regional de Saúde, desde os cuidados primários aos hospitalares e não vemos razões para não abrirem novas ofertas públicas de emprego", rematou.



No continente, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses + estima que haja no desemprego 2500 enfermeiros e 15 mil em formação. O inquérito divulgado foi efectuado junto de 40 escolas de Enfermagem no país, no final do ano passado.


Fonte: DN