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domingo, 13 de janeiro de 2008

ENZIMA PODE AJUDAR A DETECTAR CANCRO DO PULMÃO

Investigadores da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB) relataram que a enzima AKR1B10 pode servir como um bom marcador no diagnóstico e prognóstico do cancro do pulmão


Os cientistas, liderados por Xavier Pares, professor catedrático do Departamento de Bioquímica e de Biologia Molecular da UAB, afirmaram que a enzima é detectada em grandes quantidades apenas em cancros do pulmão, particularmente em fumadores, e pode aparecer mesmo quando o cancro não se desenvolveu e as lesões são pré-cancerígenas.




Pares declarou que ambas as experiências, utilizando tubos de ensaio e cultura de células, revelaram que a enzima diminuiu os níveis da forma mais activa da vitamina A, ou ácido retinóico, um forte agente anti-cancerígeno.



A diminuição do ácido retinóico na célula, que é precisamente o efeito da enzima em questão, está ligada a uma falta de diferenciação celular e, por isso, favorece o desenvolvimento do cancro.



O ácido retinóico está presente em diversos processos biológicos, desde o desenvolvimento do feto à proliferação e diferenciação celular, através do controlo da expressão de determinados genes, segundo o investigador.




Além disso, a actividade da enzima poderá ser importante para o desenvolvimento do cancro, pelo que a investigação também poderá ter possíveis aplicações terapêuticas. A identificação destes elementos estruturais torna possível criar um delineamento específico para fármacos que poderão tratar o cancro do pulmão.




Os investigadores observaram ainda como uma substância denominada tolrestat, utilizada para inibir a enzima AKR1B1, ou aldose redutase, responsável por complicações secundárias na Diabetes + , inibe também a actividade da enzima AKR1B10. Como a estrutura de ambas as enzimas é semelhante, a investigação também pode ter aplicações para melhorar o tratamento da diabetes.




No trabalho, publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences + ”, também participaram membros do Instituto de Investigação Biomédica + do Parque Científico de Barcelona (PCB), do Instituto de Biologia Molecular de Barcelona (IMB-CSIC), da Instituição Catalã de Investigação e Estudos Avançados (Icrea), e do Departamento de Química Orgânica da Universidade de Vigo.
Fonte: Farmácia