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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

INVESTIGAÇÃO CONCLUI QUE BEBÉS ENTRE QUATRO E OITO MESES NÃO DISTINGUEM ALEGRIA E CÓLERA

Estudo divulgado pela Universidade Fernando Pessoa


Os bebés dos quatro aos oito meses não conseguem diferenciar as expressões emocionais básicas como alegria e cólera, revela um estudo divulgado hoje pela Universidade Fernando Pessoa + (UFP), Porto.


O estudo "Expressão facial: reconhecimento das emoções básicas cólera e alegria - estudo empírico com bebés portugueses de quatro aos oito meses de idade" foi realizado por Freitas-Magalhães, director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção + da Universidade Fernando Pessoa, entre 2006 e 2007.


Este estudo empírico incidiu sobre 40 bebés - 20 meninas e 20 meninos - a quem foram apresentadas 25 fotografias de homens e mulheres adultos, exibindo no rosto as emoções básicas da alegria e da cólera, mostrando e não mostrando os dentes.


"O objectivo foi perceber até que ponto nós somos capazes de detectar precocemente emoções básicas, perceber por que é que os bebés não são capazes de identificá-las", adiantou Freitas-Magalhães.

Segundo referiu, os bebés reconheceram os rostos, com e sem a exibição das fileiras dentárias, mas não souberam distinguir os mesmos se, em ambas as emoções, fossem exibidos os dentes.


Para o psicólogo, o movimento muscular é muito importante, sendo que se o rosto não emite toda a configuração, o bebé não identifica a emoção.


A avaliação que permitiu chegar a estas conclusões foi feita quinzenalmente.


Os resultados deste estudo serão apresentados no XXXIX Congresso Internacional de Psicologia, que vai decorrer entre 20 e 25 de Julho em Berlim, na Alemanha.


Freitas-Magalhães é docente da Faculdade de Ciências da Saúde da UFP e vencedor do prémio "Professor Internacional do Ano 2007", atribuído pelo Centro Internacional de Biografias de Cambridge, Inglaterra, pelas suas "investigação e prática educacional, inéditas e inovadoras".
Fonte: Público