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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

MORREU INVESTIGADOR NORTE-AMERICANO JUDAH FOLKMAN, PIONEIRO NA LUTA CONTRA O CANCRO

Aos 74 anos


O investigador Judah Folkman, pioneiro na luta contra o cancro, morreu segunda-feira aos 74 anos, após uma vida dedicada a procurar o tratamento da doença em ratinhos, que renovou a esperança da descoberta da cura em humanos.




As primeiras informações indicam que o investigador terá morrido de Ataque cardíaco + , na segunda-feira à noite, segundo Elizabeth Andrews, a porta-voz do Hospital Pediátrico de Boston + , onde Folkman era director do programa de biologia vascular.




Folkman defende a tese que o cancro necessita do crescimento dos vasos sanguíneos para sobreviver e só com o bloqueio desse processo, chamado angiogênese, pode parar o crescimento ou mesmo eliminar os tumores.



"Judah Folkman é reconhecido por todos como o pai da pesquisa da angiogênese", afirma John Niederhuber + , director do Instituto Norte-americano do Cancro.




Nos anos 90, o laboratório de Folkman descobriu dois compostos naturais, o endoestático e o angioestático, que pareciam combater o cancro, encolhendo e eliminando tumores em ratinhos.



Com a cura da doença nos roedores, o seu trabalho abriu a porta para uma nova linha de tratamento que abrandou o desenvolvimento do cancro em humanos.



A pesquisa de Folkman deu origem a mais de dez medicamentos, que estão actualmente disponíveis no mercado, e dezenas de outras drogas estão a ser desenvolvidos com base nas suas teorias, ajudando mais de 1.2 milhões de pessoas.




"O trabalho que ele desenvolveu está hoje na base de milhares de milhiões de dólares em pesquisa por todo o mundo", afirmou Jim Mandell, presidente e chefe executivo do Hospital Pediátrico de Bóston, que conhecia Folkman há três décadas.




O investigador e médico oncológico foi lembrado pelos seus pares como um médico com uma sede de conhecimento insaciável, que nunca esqueceu que os pacientes estão sempre em primeiro lugar.



Moses Judah Folkman nasceu em Cleveland e é licenciado pela Universidade de Harvard, onde ajudou a criar um dos primeiros pacemakers implantáveis, mas foi na marinha que começou as descobertas no campo das doenças oncológicas.

Fonte: Público