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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

RASTREIO DO CANCRO DO COLO DO ÚTERO 'NÃO TEVE RETORNO' POR TER FALTA DE QUALIDADE

Portugal tem despendido milhares de euros em exames de rastreio do cancro do colo do útero sem que tenha havido retorno. Daniel Pereira da Silva, director do Serviço de Ginecologia do IPO de Coimbra, explica que o investimento em citologias por parte das administrações regionais de saúde "não tem tido retorno porque não existem programas de rastreio organizados e sujeitos a uma monitorização de qualidade".




O problema subsiste um pouco por todo o País, com excepção da região centro, onde existe um programa desde os anos 90. À margem de um encontro no âmbito da semana europeia de prevenção do cancro do colo do útero, o médico refere que, em 12 anos, a região reduziu para metade o número de casos da doença. "Em 1990 tínhamos 400 casos de cancro e em 2002 tivemos 200."




A estratégia de prevenção, que alcançou 70% da população-alvo, fez com que a região tivesse um número de casos inferior à média europeia. "Em 2002 tivemos 9,73 casos por 100 mil mulheres, contra 10,3 na Europa", diz. A média nacional é de 13,5. Ontem, a Liga Portuguesa contra o Cancro + e o Alto-Comissariado da Saúde firmaram uma parceria com vista a uniformizar o rastreio do cancro da mama no País. Vítor Veloso, o presidente da Liga, disse ao DN que "se os protocolos estiverem assinados em dois meses, é possível que Portugal tenha um programa organizado dentro de dois anos".


Fonte: DN de Lisboa