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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

ROSTO DE PESSOAS É INCAPAZ DE MOSTRAR DUAS EMOÇÕES BÁSICAS AO MESMO TEMPO

O rosto das pessoas é incapaz de mostrar duas emoções básicas ao mesmo tempo porque o seu processamento cerebral é feito sequencialmente, revela um estudo divulgado hoje que envolveu 834 portugueses

Esta é uma das conclusões do estudo científico «A expressão facial: o efeito e a intensidade da exibição das emoções básicas», realizado por Freitas-Magalhães, director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção + da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa + , no Porto.

O estudo analisou a intensidade das sete emoções básicas exibidas pelos participantes (alegria, tristeza, Cólera + , medo, surpresa, aversão e desprezo), medindo os movimentos esquelético-musculares da face em fracções de segundo.

Os participantes não conseguiram exibir no rosto duas emoções básicas ao mesmo tempo quando lhes foi pedido, o que, de acordo com o autor do estudo, «atesta que o processamento cerebral da exibição das emoções básicas no rosto é sequencial».

A investigação científica revelou ainda que as mulheres exibem mais rápida e intensamente as emoções básicas do que os homens e que isto acontece independentemente da idade.

A análise dos «estados de espírito» mostrou ainda que a surpresa e o medo são as emoções básicas que as mulheres e os homens demonstram mais rapidamente, enquanto que o desprezo e a aversão são as que exigem mais tempo a aparecer no rosto dos participantes.

Na investigação, realizada desde 2005, participaram um total de 834 portugueses (417 mulheres e 417 homens), de idades compreendidas entre os 18 e os 70 anos.

O director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção, o psicólogo português Freitas-Magalhães, é especialista no estudo das funções e repercussões do sorriso no desenvolvimento das emoções e das Relações interpessoais + , entre outros.

O efeito do sorriso na percepção psicológica da afectividade, dos delinquentes, dos estereótipos, e nas diferenças de género, idade, da cor da pele e de gémeos e o reconhecimento das emoções básicas através da expressão facial em diferentes grupos etários são outras áreas estudadas pelo investigador português.
Fonte: Lusa/SOL