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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

TRIAGEM NAS URGÊNCIAS DO HOSPITAL DE AVEIRO ALTERADA COM REFORÇO DE MÉDICOS CONTRACTADOS NO EXTERIOR

A triagem de doentes nas urgências do Hospital de Aveiro vai ser alterada a partir de amanhã, com o reforço de clínicos gerais, contratados no exterior, cujo número ainda não está definido para integrarem o serviço.

A medida surge dias depois de uma idosa de 82 anos ter morrido no hospital enquanto aguardava ser vista por um médico. A vítima foi triada com a cor amarela às 14h00 e deveria ter sido vista por um médico no espaço de uma hora, mas acabou por ser encontrada morta com paragem cardio-respiratória pelas 17h45, sem ter sido observada.S


egundo Teresa Bugalho, chefe da equipa de urgências, os doentes referenciados com a cor amarela na primeira triagem que é feita pelos enfermeiros (urgência intermédia) passam a ser vistos por um clínico geral antes de serem encaminhados para os especialistas, se for caso disso.


A medida deverá entrar em vigor às 08h00 de amanhã, mas "não está definido ainda o número de clínicos gerais" que vão efectuar esse serviço, que deverão ser médicos contratados no exterior para vir fazer a urgência ao hospital.


"O sistema receberá ajustes conforme as necessidades", explicou Teresa Bugalho, justificando a alteração ao esquema de triagem com "a vontade do hospital de funcionar bem".


Especialista em medicina interna, Teresa Bugalho refere que a maioria de doentes que tem atendido são triados com as pulseiras vermelha, laranja e amarela (os mais urgentes) e que da experiência que tem do movimento na urgência do Hospital de Aveiro, a maioria dos utentes corresponde à cor amarela (urgência intermédia), sendo já poucos os que são classificados com as pulseiras verde e azul (de menor gravidade).


No entanto, tem havido picos de procura, que segundo Teresa Bugalho se explicam em parte com o facto de se agudizarem as Doenças respiratórias + no Inverno e recentemente chegaram a haver dias com 600 doentes a dar entrada naquele serviço.


O movimento "anormal" tem provocado "excesso de espera" em relação ao tempo de atendimento definido para cada cor, no processo de triagem adoptado (Manchester), situação que já havia sido detectada e levantada em reuniões internas, antes da morte da idosa enquanto aguardava por ser vista.

Fonte: JN