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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

DERMATITE ATÓPICA AFECTA 10% DAS CRIANÇAS PORTUGUESAS



João Duarte



A dermatite atópica (DA) é uma doença crónica inflamatória da pele que atinge, maioritariamente, crianças e, em 80% dos casos, manifesta-se durante o primeiro ano de vida. Em Portugal, calcula-se que 10% das crianças sofram da doença. Apesar de ser mais recorrente nos grupos pediátricos, existem vários adultos diagnosticados.





A DA tem impacto significativo na qualidade de vida dos doentes, na medida em que no tratamento devem ser consideradas uma série de variáveis gerais: utilizar apenas vestuário de algodão para evitar suar (o suor aumenta o prurido); lavar as roupas novas antes da primeira utilização (prevenir reacções irritativas); e evitar grandes exposições a ambiente com pó (efeito de secura e irritação).




É fundamental diagnosticar com rigor o tipo de DA que a pessoa apresenta e ajustar, não só ao fármaco mais indicado, mas também à formulação correcta, para garantir que os doentes recolhem todos os benefícios.




Assim, os produtos mais eficazes no tratamento da doença, como o glucocorticóide AMP (aceponato de metilprednisolona), devem estar disponíveis em vários tipos de formulações para melhor se adaptarem ao género de pele e localização das lesões cutâneas.




O AMP, além de apresentar uma vasta gama de formulações, necessita apenas de uma única aplicação diária para ser eficaz. Um estudo recente (Peserico A et al. Br J Dermatol 2008; 158:801-7) demonstrou que o creme de AMP, aplicado uma vez por dia, estabiliza eficazmente o agravamento da DA em 89% dos casos mais graves.




A localização das lesões varia consoante o grupo etário: as crianças pequenas apresentam mais na zona da cabeça, por vezes apenas atrás das orelhas e das superfícies extensoras dos membros, enquanto as crianças mais velhas e os adultos tendem a manifestar a doença nas superfícies de flexão (atrás dos joelhos e na frente dos cotovelos).




Os adolescentes são frequentemente atingidos nas pálpebras e na região peri-labial.






Fonte: Grupo Inforpress