O vírus herpes pode ser desencadeado pelo frio: quando as temperaturas descem podem surgir nos lábios as pequenas lesões típicas da doença. Há então que tratar e prevenir o contágio: sem deixar de sorrir, mas talvez deixando de beijar...
A exposição solar e em menor grau o frio têm influência sobre o vírus herpes simples, responsável pelo herpes labial. Com o Inverno à porta, é de esperar que a temperatura baixe, o que, para quem vive com o vírus, pode ser sinónimo de um reactivar da doença.
O stress, a fadiga, a febre, as alterações hormonais também. Fazem com que o vírus "acorde". O primeiro contacto com o herpes simples dá--se, com frequência, na infância. Mas a doença pode não se manifestar de imediato. O vírus penetra no organismo e serve-se de um nervo como meio de transporte, em busca de um ponto onde se possa esconder, ficando inacessível ao sistema imunitário.
Este sistema de defesas está preparado para detectar os agentes agressivos, causadores de doenças, mas este vírus consegue escapar-lhe, ficando como que adormecido. Nesta altura do ano pode ser reactivado pelo frio. Ao fim de alguns dias, surgem na pele os sinais que o denunciam: primeiro o prurido e a vermelhidão, seguidos da erupção de pequenas vesículas repletas de fluido, que, numa fase posterior, se rompem e transformam em úlceras, a partir do que se inicia a secagem.
Este é um processo por fases, com cada surto de herpes labial a oscilar entre os cinco e os dez dias, em média, sendo que em cada pessoa pode ter uma duração e intensidade diferentes.
Em cerca de metade dos doentes, costuma anunciar-se com uma sensação descrita como um formigueiro ou uma picada ou queimadura. O herpes labial tanto pode incidir directamente nos lábios como na pele que os rodeia.
Num caso ou noutro, forma-se uma zona de eritema, que pode ser acompanhado de dor. É aí que surgem ligeiras elevações avermelhadas onde emergem pequenas vesículas dolorosas repletas de um líquido que contém milhões de vírus. No espaço de um a dois dias, acabam por se romper e libertar então o líquido infeccioso (é a fase mais contagiosa), formando-se uma ferida (úlcera, que constitui a fase mais dolorosa).
Mas é a partir daqui que se inicia o processo de cicatrização, com a dor a ceder lugar à comichão e a probabilidade de contágio a diminuir. A úlcera acaba por secar e a pele perde progressivamente o aspecto característico do herpes.
Prevenir o contágio
O herpes simples é um vírus com um elevado grau de infecciosidade, o que significa que o contágio é fácil. Tanto mais que se estima que cerca de 40 por cento dos doentes desconheçam que são portadores, não se tratando e constituindo, portanto, um importante veículo de transmissão do vírus.
O herpes labial transmite-se através do contacto directo com a pele infectada - beijar, partilhar objectos pessoais como copos e talheres pode ser suficiente para que o vírus se instale noutro organismo. Importa, pois, prevenir - o que se consegue adoptando cuidados como evitar furar as vesículas, lavar as mãos após tocar nas lesões, evitar beijar ou falar muito próximo de outras pessoas.
Importa, também, tratar e o mais precocemente possível, assim que se manifestam os primeiros sintomas. O objectivo é, por um lado, controlar a duração e intensidade do surto e, por outro, minimizar o risco de contágio. Estão disponíveis medicamentos específicos para o herpes labial, à base de aciclovir, uma substância que contribui para acelerar o processo de cicatrização e diminuir o incómodo causado pela doença.
Na maioria dos casos é suficiente a aplicação local de uma pomada ou gel (embora alguns autores não o recomendem), existindo também pequenos adesivos que atenuam os sintomas ao mesmo tempo que ajudam a disfarçar as marcas do herpes. Nas situações mais graves e recorrentes, pode ser necessária a administração de comprimidos.
Tratar precocemente não produz apenas alívio físico. Tem igualmente repercussões a nível psicológico, dado que o impacto visual do herpes labial pode causar desconforto e inibição nos contactos sociais e até afectar a auto-estima.
É um facto que o herpes labial não tem cura e que, uma vez instalado o vírus num organismo, pode bastar um período de stress ou uma temperatura mais pronunciada para o reactivar. Mas também é verdade que existem medicamentos e produtos farmacêuticos que ajudam a lidar eficazmente com este vírus. Os beijos continuam a ser desaconselhados, mas os sorrisos não...
Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF
A exposição solar e em menor grau o frio têm influência sobre o vírus herpes simples, responsável pelo herpes labial. Com o Inverno à porta, é de esperar que a temperatura baixe, o que, para quem vive com o vírus, pode ser sinónimo de um reactivar da doença.
O stress, a fadiga, a febre, as alterações hormonais também. Fazem com que o vírus "acorde". O primeiro contacto com o herpes simples dá--se, com frequência, na infância. Mas a doença pode não se manifestar de imediato. O vírus penetra no organismo e serve-se de um nervo como meio de transporte, em busca de um ponto onde se possa esconder, ficando inacessível ao sistema imunitário.
Este sistema de defesas está preparado para detectar os agentes agressivos, causadores de doenças, mas este vírus consegue escapar-lhe, ficando como que adormecido. Nesta altura do ano pode ser reactivado pelo frio. Ao fim de alguns dias, surgem na pele os sinais que o denunciam: primeiro o prurido e a vermelhidão, seguidos da erupção de pequenas vesículas repletas de fluido, que, numa fase posterior, se rompem e transformam em úlceras, a partir do que se inicia a secagem.
Este é um processo por fases, com cada surto de herpes labial a oscilar entre os cinco e os dez dias, em média, sendo que em cada pessoa pode ter uma duração e intensidade diferentes.
Em cerca de metade dos doentes, costuma anunciar-se com uma sensação descrita como um formigueiro ou uma picada ou queimadura. O herpes labial tanto pode incidir directamente nos lábios como na pele que os rodeia.
Num caso ou noutro, forma-se uma zona de eritema, que pode ser acompanhado de dor. É aí que surgem ligeiras elevações avermelhadas onde emergem pequenas vesículas dolorosas repletas de um líquido que contém milhões de vírus. No espaço de um a dois dias, acabam por se romper e libertar então o líquido infeccioso (é a fase mais contagiosa), formando-se uma ferida (úlcera, que constitui a fase mais dolorosa).
Mas é a partir daqui que se inicia o processo de cicatrização, com a dor a ceder lugar à comichão e a probabilidade de contágio a diminuir. A úlcera acaba por secar e a pele perde progressivamente o aspecto característico do herpes.
Prevenir o contágio
O herpes simples é um vírus com um elevado grau de infecciosidade, o que significa que o contágio é fácil. Tanto mais que se estima que cerca de 40 por cento dos doentes desconheçam que são portadores, não se tratando e constituindo, portanto, um importante veículo de transmissão do vírus.
O herpes labial transmite-se através do contacto directo com a pele infectada - beijar, partilhar objectos pessoais como copos e talheres pode ser suficiente para que o vírus se instale noutro organismo. Importa, pois, prevenir - o que se consegue adoptando cuidados como evitar furar as vesículas, lavar as mãos após tocar nas lesões, evitar beijar ou falar muito próximo de outras pessoas.
Importa, também, tratar e o mais precocemente possível, assim que se manifestam os primeiros sintomas. O objectivo é, por um lado, controlar a duração e intensidade do surto e, por outro, minimizar o risco de contágio. Estão disponíveis medicamentos específicos para o herpes labial, à base de aciclovir, uma substância que contribui para acelerar o processo de cicatrização e diminuir o incómodo causado pela doença.
Na maioria dos casos é suficiente a aplicação local de uma pomada ou gel (embora alguns autores não o recomendem), existindo também pequenos adesivos que atenuam os sintomas ao mesmo tempo que ajudam a disfarçar as marcas do herpes. Nas situações mais graves e recorrentes, pode ser necessária a administração de comprimidos.
Tratar precocemente não produz apenas alívio físico. Tem igualmente repercussões a nível psicológico, dado que o impacto visual do herpes labial pode causar desconforto e inibição nos contactos sociais e até afectar a auto-estima.
É um facto que o herpes labial não tem cura e que, uma vez instalado o vírus num organismo, pode bastar um período de stress ou uma temperatura mais pronunciada para o reactivar. Mas também é verdade que existem medicamentos e produtos farmacêuticos que ajudam a lidar eficazmente com este vírus. Os beijos continuam a ser desaconselhados, mas os sorrisos não...
Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF