Alexandra Bento
A água assume uma função de extrema importância no nosso organismo, assentando todo o metabolismo humano em reacções desenvolvidas em soluções aquosas. Esta transporta nutrientes e representa um importante papel no transporte e eliminação dos produtos tóxicos resultantes do trabalho do organismo.
Água: o maior constituinte do seu organismo
A água é o maior constituinte do corpo humano e a sua percentagem varia em função da quantidade de massa muscular e de tecido adiposo, pois é no tecido muscular que se encontram as células com maior concentração de água, por oposição às células do tecido adiposo e ósseo que têm as concentrações mais baixas. A percentagem de água no peso corporal de um prematuro é de cerca de 81%, a de um bebé é de 68% e a de uma criança é de 60%. Nos adultos, a percentagem de água é de cerca de 54% nos homens e 49% nas mulheres.
Ao longo do dia, o nosso organismo perde mais de dois litros de água - através da urina (1.400ml), das fezes (100ml), do suor (100ml) e do ar que sai dos pulmões (350ml) - pelo que temos de a repor. A perda de água, no dia-a-dia, pode ser colmatada, se houver uma adequada reposição, pelo que é necessário ingerir diariamente uma quantidade de água equivalente à quantidade de água perdida.
A entrada de água no organismo pode fazer-se através da sua ingestão directa e, indirectamente, através dos vários alimentos e de outros líquidos da dieta alimentar, que já em si a contêm, como é o caso da fruta, dos legumes, do leite, dos iogurtes e dos sumos.
Quando o corpo seca
Como sabe, quando se perde mais fluidos do que aqueles que se ingerem e o corpo não tem água suficiente para assegurar as suas funções normais, ou seja, há um desequilíbrio no balanço hídrico, dizemos que o organismo está desidratado, podendo esta situação ser grave ou muito grave.
De facto, sabe-se que é possível sobreviver várias semanas sem ingerir qualquer alimento, mas poucos dias sem beber. No caso da água, no entanto, sabe-se que, em climas moderados, um adulto apenas consegue viver até dez dias sem água e uma criança até cinco dias.
Regra geral, a sede constitui o primeiro sinal de desidratação, mas rapidamente se chega a situações como uma pior performance física e hipovolémia (-3% do peso em água), náuseas, dificuldade em manter a temperatura do corpo estável, dificuldades de concentração e diminuição das capacidades de trabalho (-5% do peso em água).
Num estado de desidratação ainda mais avançado (-10% do peso em água), a desidratação pode provocar fraqueza, espasmos musculares e delírio. Numa perda de cerca de 11% do peso em água, pode haver falha da função renal e com 20% pode mesmo ocorrer morte.
Existem determinadas situações que favorecem a desidratação, como as temperaturas elevadas, a prática de desporto, os ambientes de humidade reduzida, as altitudes elevadas e as situações de diarreia ou vómitos, pelo que perante estas situações deverá aumentar os líquidos ingeridos.
Lembre-se de que a melhor forma de combater a desidratação não é tratar dela, mas prevenir o seu aparecimento!
Sinais de desidratação
>Urina pouco abundante, com coloração e cheiro intensos;
>Boca e lábios secos;
>Pele áspera e seca;
>Dores de cabeça;
>Dificuldade de concentração;
>Fadiga;
>Prisão de ventre;
>Dor muscular e articular.
Este Verão, hidrate-se, pela sua saúde!
>Beba água ao longo do dia (entre 1,5 a 3 litros, ou seja, mais de oito copos);
>Aumente a ingestão de alimentos e de outros líquidos, que já em si a contêm, como é o caso da fruta, dos legumes, dos iogurtes, do leite e dos sumos;
>Leve água sempre que trabalhar ou participar em eventos no exterior;
>Hidrate-se antes, durante e após a prática de exercício físico;
>Lembre-se que as bebidas alcoólicas desidratam e as bebidas açucaradas não são eficazes para hidratar;
>Ingira mais água nos momentos de maior risco de desidratação;
>Utilizar roupas de cores claras e pouco apertadas nos dias de maior calor;
>Evitar exposições prolongadas ao sol;
>Oferecer água aos idosos e às crianças, várias vezes ao longo do dia.
Fonte: Health & Wellness