Segundo o director-geral da FIPA, Pedro Queiroz, o plano para a rotulagem nutricional consiste, na prática, na inclusão no rótulo de um conjunto de novos símbolos azuis que indicam, de uma forma «mais objectiva e transparente, e de fácil interpretação», a informação nutricional do produto.
Reconhecendo que a maioria dos consumidores portugueses ignora os rótulos dos produtos alimentares, mas que cada vez mais está consciencializado para a promoção de uma dieta equilibrada, a FIPA decidiu criar este plano para a rotulagem nutricional.
«O grande objectivo é melhorar a informação nutricional que actualmente é disponibilizada no rótulo dos produtos, para que o consumidor possa ter uma noção mais clara do que está a comprar em termos de composição, proporcionando uma escolha informada», afirmou Pedro Queiroz.
Os novos símbolos azuis não substituem a tabela nutricional, que, de acordo com a lei, tem de ser exibida em todos os rótulos, sendo «uma informação adicional», onde aparecem termos claros para o consumidor como açúcares,
Gorduras + , calorias e sal.A introdução deste plano apresenta ainda como novidade o facto da indicação dos Valores Diários de Referência (VDR) dizerem respeito à totalidade do produto contido na embalagem.
«Deixamos de ter um VDR para 100 mililitros quando a embalagem dispõe de 150 mililitros, por exemplo», adiantou Pedro Queiroz, acrescentando que esta medida permite ao consumidor «abandonar as contas» e «saber exactamente o que está a comer naquela embalagem».
O plano para a rotulagem nutricional é baseado nos princípios gerais assumidos pela indústria europeia no seio da Confederação Europeia das Indústrias Agro-Alimentares.
A adesão a este plano é voluntária, salientou Pedro Queiroz, acrescentando, contudo, que a aceitação por parte das empresas foi «positiva».
«Já existem produtos no mercado com este plano», avançou, esclarecendo, no entanto, que o facto de um determinado produto possuir estes novos símbolos não significa que seja melhor do que aqueles que não os têm no rótulo.
Para Pedro Queiroz, a colocação destes novos símbolos nos rótulos estará dependente de «questões logísticas», sendo certo que uma empresa precisa sempre de tempo para implementar qualquer inovação.
Fonte: Lusa/SOL
Fonte: Lusa/SOL