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quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Novo plano de rotulagem nutricional tornará mais clara informação sobre produtos

Até ao final de 2008, cerca de 80 por cento dos produtos alimentares estarão em condições de adoptar o novo plano de rotulagem nutricional nas suas embalagens, adiantou hoje a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA)
Segundo o director-geral da FIPA, Pedro Queiroz, o plano para a rotulagem nutricional consiste, na prática, na inclusão no rótulo de um conjunto de novos símbolos azuis que indicam, de uma forma «mais objectiva e transparente, e de fácil interpretação», a informação nutricional do produto.
Reconhecendo que a maioria dos consumidores portugueses ignora os rótulos dos produtos alimentares, mas que cada vez mais está consciencializado para a promoção de uma dieta equilibrada, a FIPA decidiu criar este plano para a rotulagem nutricional.
«O grande objectivo é melhorar a informação nutricional que actualmente é disponibilizada no rótulo dos produtos, para que o consumidor possa ter uma noção mais clara do que está a comprar em termos de composição, proporcionando uma escolha informada», afirmou Pedro Queiroz.
Os novos símbolos azuis não substituem a tabela nutricional, que, de acordo com a lei, tem de ser exibida em todos os rótulos, sendo «uma informação adicional», onde aparecem termos claros para o consumidor como açúcares,
Gorduras + , calorias e sal.
A introdução deste plano apresenta ainda como novidade o facto da indicação dos Valores Diários de Referência (VDR) dizerem respeito à totalidade do produto contido na embalagem.
«Deixamos de ter um VDR para 100 mililitros quando a embalagem dispõe de 150 mililitros, por exemplo», adiantou Pedro Queiroz, acrescentando que esta medida permite ao consumidor «abandonar as contas» e «saber exactamente o que está a comer naquela embalagem».
O plano para a rotulagem nutricional é baseado nos princípios gerais assumidos pela indústria europeia no seio da Confederação Europeia das Indústrias Agro-Alimentares.
A adesão a este plano é voluntária, salientou Pedro Queiroz, acrescentando, contudo, que a aceitação por parte das empresas foi «positiva».
«Já existem produtos no mercado com este plano», avançou, esclarecendo, no entanto, que o facto de um determinado produto possuir estes novos símbolos não significa que seja melhor do que aqueles que não os têm no rótulo.
Para Pedro Queiroz, a colocação destes novos símbolos nos rótulos estará dependente de «questões logísticas», sendo certo que uma empresa precisa sempre de tempo para implementar qualquer inovação.
Fonte: Lusa/SOL