
«Não podemos acolher-nos à objecção de consciência sem se modificar a lei», assegurou Franco Caprino, secretário nacional de Federfarma, associação que reúne 16 mil farmácias italianas.
Caprino explicou que a lei as obriga a entregar qualquer tipo de fármaco sob receita médica e acrescentou que o Papa Bento XVI teria que fazer estes apelos «a outras sedes».
Por outra parte, o porta-voz do Vaticano afirmou que a «objecção de consciência é um direito» e que a Igreja exorta os farmacêuticos católicos, tal como os médicos, a «não colaborarem contra tudo o que atente contra a vida de forma directa».
O Papa fez hoje este apelo durante um discurso no Vaticano aos participantes no V Congresso Internacional de Farmacêuticos Católicos, intitulado «As novas fronteiras do acto farmacêutico». «A vossa Federação é convidada a enfrentar a questão da objecção de consciência, que deve ser um direito reconhecido na vossa profissão», exortou Bento XVI.
Esta objecção permitiria aos farmacêuticos «não colaborarem (...) na administração de produtos, que, para Joseph Ratzinger e para a Igreja Católica, supõem uma «escolha imoral», citando designadamente «o aborto e a eutanásia».
Fonte: Diário Digital / Lusa