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terça-feira, 23 de outubro de 2007

Cientistas revertem danos de Esclerose múltipla em laboratório

Mais de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem da doença
Cientistas norte-americanos conseguiram reverter danos neurológicos, provocados pela esclerose múltipla, em ratos de laboratório e esperam agora que a descoberta possa levar a novos tratamentos para a doença nos humanos.
Segundo a BBC, mais de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de esclerose múltipla, uma doença neurológica crónica que destrói uma camada chamada mielina, que isola as fibras do
Sistema nervoso central + , causando distúrbios na visão, perda de equilíbrio e paralisia.
O estudo, levado a cabo pela clínica Mayo, em Rochester, consistiu na utilização de um anticorpo humano, para reconstruir a mielina em ratos com a forma progressiva da doença. Actualmente, os sintomas da esclerose múltipla podem ser controlados até certo ponto. Contudo, não há possibilidade de se restaurar a mielina danificada.
A BBC adianta que os testes em humanos deverão começar logo que a técnica seja aperfeiçoada em animais. Normalmente, a mielina reconstrói-se no corpo humano espontaneamente, escreve a BBC, mas os estudos indicam que a esclerose múltipla sabota esse processo. Motivo pelo qual os cientistas acreditam que a nova pesquisa pode revolucionar o tratamento da doença.
Os primeiros testes mostraram que a utilização do anticorpo funcionou mesmo quando combinado com o tratamento com esteróides, comum entre pacientes com esclerose múltipla.
«O conceito de usar
Anticorpos + humanos para tratar doenças deste tipo ainda não foi testado em humanos, mas estas descobertas são muito promissoras», disse à BBC um dos investigadores, Moses Rodriguez..
Apesar de a pesquisa ainda estar nos estágios iniciais, outro membro da equipa, Arthur Warrington, disse que «as descobertas podem eventualmente levar a novos tratamentos, que podem limitar as deficiências permanentes» causadas pela esclerose múltipla.
Sónia Santos Dias
Fonte: Sapo Saúde