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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Prevevisões Desanimadoras no tratamento da SIDA

Director da ONU SIDA diz que, ao ritmo actual, apenas um terço dos infectados terá acesso a tratamento em 2010 O director da ONUSIDA + , Michel Sidibe, defendeu hoje em Lisboa que se a resposta à sida se mantiver ao ritmo actual apenas um terço das pessoas infectadas terão acesso a tratamento em 2010.
Michel Sidibe falava hoje na abertura da reunião de coordenadores de programas nacionais de infecção VIH/SIDA, realizada no âmbito da Presidência Portuguesa da
União Europeia que reúne, no Centro Cultural de Belém, representantes de cerca de 50 países.
"O ritmo da nossa acção é muito lento e, vamos ser realistas, se continuarmos a este ritmo, em 2010 teremos apenas 4,6 milhões de pessoas a receberem tratamento, o que representa apenas um terço dos 13 milhões de pessoas que precisam de tratamento".
Michel Sidibe, lembrou ainda que mais de 135 países estabeleceram, em 2006, o acesso universal ao tratamento com Anti-retrovirais como meta para o final da década.
Neste sentido, de acordo com Michel Sidibe torna-se relevante "(…) agir e traduzir palavras por actos".
Sendo que, por cada pessoa que inicia o tratamento há seis que são infectadas, o director da ONUSIDA defende também a importância "vital da prevenção".
O responsável pela INUSIDA destacou ainda a vulnerabilidade à doença dos migrantes e apontou "o bom exemplo de Portugal", por fornecer Cuidados de saúde aos imigrantes infectados pelo HIV/SIDA. ~
"Quando estão muito tempo longe das famílias os migrantes tornam-se vulneráveis e é mais provável que tenham sexo ocasional. É extremamente importante que tenham acesso a serviços de prevenção e tratamento do HIV/sida, mas frequentemente encontram-se nas margens da sociedade, onde não acedem aos cuidados que precisam", sublinhou.
Destacou ainda a importância do programa de troca de Seringas português na prevenção da doença. Também presente na abertura da reunião, o ministro português da Saúde, Correia de Campos , reafirmou que a SIDA "está na agenda política" da União Europeia, depois de ter sido assumida como uma prioridade pela presidência alemã da UE.
O titular da pasta da saúde considerou que o envolvimento da sociedade civil nas questões da SIDA tem sido negligenciada e que é preciso dar maior atenção à cooperação entre governos e ONG's.
Fonte: SIC online