Em relação ao tratamento, Patrício Leite informa que «o indivíduo deverá dirigir-se, em primeiro lugar, ao médico especialista em Medicina Geral e Familiar, o qual tratará a insónia em 90% dos casos. Nas restantes ocorrências, reencaminhará o paciente para o especialista mais adequado». Dada a alta prevalência da insónia na população geral, têm surgido vários tratamentos não farmacológicos com a finalidade de combater a insónia e/ou ajustar o quotidiano do indivíduo ao seu proble¬ma. Todavia, certas medidas dietéticas, nomeadamente, a redução do consumo de café e Álcool costumam ser eficazes na regularização da qualidade de sono. «O Exercício físico regular (30 a 40 minutos, duas a três vezes por semana) favorece a resolução do problema de forma moderada. Já os hábitos de vida regrados, como a hora certa de deitar e acordar, assim como a eliminação de ambientes perturbadores e/ou instáveis, contribuem eficazmente para a melhoria da qualidade do sono e, consequentemente, do descanso», sustenta o especialista, prosseguindo: Terapias «Algumas terapias cognitivo-comportamentais, fundamentadas no relaxamento muscular profundo, associadas a fantasias guiadas têm-se mostrado muito eficazes, quando os indivíduos pretendem educar a sua higiene do sono», aponta o clínico geral. No que diz respeito à terapêutica farmacológica, Patrício Leite sublinha que «há vários grupos de fármacos capazes de interferir com o sono. De um modo geral, os Hipnóticos e as Droga devem ser usados por curtos períodos de tempo, inclusive pelo risco de causarem habituação e modificarem a qualidade do sono». O médico salienta, ainda, que «por outro lado, os medicamentos Antidepressivos/Sedativos serão uma escolha adequada, não só pelo combate à insónia frequentemente associada à perturbação de humor, mas também porque regularizam o sono sem interferirem na sua qualidade». «Em qualquer insónia associada a uma doença médica primária, é obrigatório o tratamento dessa mesma doença e não apenas procurar o controlo isolado da insónia.»