
No âmbito do projecto denominado Alliance-O (European Group for Coordination of National Research Programmes on Organ Donation and Transplantation) os países participantes, Portugal, França, Alemanha, Espanha, Hungria, Itália e Reino Unido, apresentaram diversas conclusões, que poderão servir de base à publicação de uma directiva sobre transplantação de órgãos humanos.
Uma das conclusões aponta para a necessidade de aumentar o número de dadores, vivos e mortos, melhorar a equidade e a eficácia de um sistema de distribuição que deve ser "transparente, objectivo, equitativo e eficaz", melhorar a qualidade e segurança da transplantação e estabelecer métodos comuns de avaliação, certificação e coordenação dentro das instituições, além de uma análise comparativa dos aspectos éticos e legais.
O documento alerta que o "objectivo não é obter um sistema único, mas por em prática estratégias mais eficazes em beneficio do paciente".
Para aumentar o número de dadores recomendam medidas no plano organizacional e de recursos humanos, com disponibilidade nos hospitais de equipas nos cuidados intensivos para, por exemplo, detecção de pessoas em estado de morte encefálica.
Defendem ainda a partilha de ferramentas tecnológicas para melhorar a actividade da transplantação, a fim de facilitar uma futura colaboração na recolha e análise de doações de órgãos através da Europa, assim como a adopção de um formulário único de consentimento de doação ao nível europeu.
Portugal ocupa o 9º lugar no ranking europeu de dadores de órgãos. A média fica-se pelos 20,1 por milhão de habitante, quando em Espanha, com legislação mais restritiva em relação à colheita de órgãos, a média é de 33,8 por milhão de habitantes.
O mesmo se passa em relação aos transplantes. Portugal realizou, em 2006, 1457 transplantes, com as listas de espera a aumentarem, que para um rim chegam aos três anos e pulmão um ano.
Fonte: Jornal de Notícias
Fonte: Jornal de Notícias