MAIS SAÚDE - Informações actualizadas - Trabalhos de investigação - Guias de saúde - Calendário de eventos
 

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

VACINA PRONTA NO INÍCIO DE NOVEMBRO

Deverá estar disponível gratuitamente e com aplicação obrigatória, a partir de 6 de Novembro a vacina que previne o serótipo 1 da doença da Língua Azul, que já provocou a morte de 1906 animais em explorações pecuárias do Alentejo e Algarve.
Já a partir de segunda-feira a vacina vai ser testada durante cerca de uma semana e "se tudo correr bem, deverá ficar disponível a 6 de Novembro", disse à Lusa uma fonte do Ministério da Agricultura.
O serótipo 1 da doença foi identificado pela primeira vez há dois anos em Marrocos e desde essa altura que laboratórios espanhóis estão a tentar fabricar uma vacina. Esta deveria ainda estar em fase experimental, mas dada a necessidade urgente da sua utilização, uma vez que está a afectar milhares de animais em Portugal e Espanha, a vacina será disponibilizada com uma autorização especial.
A detecção do primeiro foco da doença, nesta variante do vírus, foi a 21 de Setembro, numa exploração de Barrancos. Até agora estão confirmadas 297 explorações sob suspeita no lentejo e Algarve, com um total de 56.488 animais, dos quais 2287 estão infectados com a doença e 1906 já morreram.
O ministro da Agricultura, Jaime Silva, anunciou que o Governo vai apoiar os produtores pecuários afectados pela doença da Língua Azul, pagando "entre 55 a cem euros" por animal morto. Apoios que servirão para indemnizar os produtores pela mortalidade causada pelo serótipo 1 nas explorações onde os animais estão identificados e já foram objecto das medidas de 2004 relativas ao serótipo 4.
Isto é, em 2004 foram identificados vários focos da doença, mas provocados pelo serótipo 4. A partir dessa altura os produtores são obrigados a vacinar os animais para prevenir o serótipo 4, de acordo com o programa de erradicação da doença. Medida idêntica será tomada agora para controlar e erradicar o serótipo 1. Os primeiros passos foram dados com a criação de zonas de restrição e sequestro das explorações.
Fonte: Jornal de Notícias