METADE DA POPULAÇÃO MUNDIAL TEM EXCESSO DE PESO

Estudo envolveu perto de 200 mil pessoas
Mais de metade da população mundial tem excesso de peso ou está obesa, conclui um estudo global publicado na revista científica “Circulation Journal” e divulgado pela BBC. A análise envolveu 182.970 pessoas de 63 países dos cinco continentes e mostrou que 50 por cento das mulheres e 60 por cento dos homens analisados estão acima do peso recomendado ou mesmo obesos. Ao considerar apenas os dados sobre Obesidade + , o levantamento revelou que 24 por cento dos homens e 27 por cento das mulheres estão obesos.
O grau de obesidade foi avaliado através do Índice de Massa Corporal + (IMC), o padrão internacional que se calcula dividindo o peso pela altura ao quadrado. Assim, um IMC entre 18 e 24 significa que a pessoa tem o peso recomendado, as que têm entre os 25 e os 30 estão acima do peso e as que ultrapassam os 30 são consideradas obesas.
A pesquisa, liderada por Berverley Balkau, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisas Médicas de França, constatou que, de entre os países analisados, o Canadá é o que tem a maior taxa de obesos (36 por cento). Pelo contrário, os níveis mais baixos de obesidade registam-se no leste e sul asiáticos (sete por cento). De salientar que os Estados Unidos não foram considerados nesta pesquisa. A África do Sul (33 por cento) e os países do Médio Oriente (36 por cento) também apresentam grandes níveis de obesidade. Na América Latina, os pesquisadores verificaram que 29 por cento dos inquiridos são obesos.
«Os resultados da pesquisa mostram que o excesso de peso está a transformar-se numa pandemia, com mais de metade da população acima do peso ou obesa», disse Berverley Balkau à BBC.
O estudo também analisou como a obesidade está a afectar a saúde das pessoas e revelou que, de entre os entrevistados, 16 por cento dos homens e 13 por cento das mulheres sofrem de Doenças cardiovasculares + e que a Diabetes + atinge 13 por cento dos homens e 11 por cento das mulheres em todas as regiões pesquisadas.
«A obesidade está directamente associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares e diabetes, tendo-se tornado num grande problema de saúde pública, que ameaça boa parte da população e sobrecarrega os serviços públicos de saúde

Fonte: Médicos de Portugal