A liberdade de o doente escolher o hospital onde quer receber cuidados, seja público ou privado, a Mobilidade + europeia e a separação definitiva entre financiador e prestador são as grandes lutas que os privados prometem levar a cabo. E lançam hoje as bases deste seu programa no Encontro de Outono da União Europeia + da Hospitalização Privada, em Guimarães, perante a presença do ministro da Saúde, Correia de Campos + . Que já deixou claro que nada alteraria no esquema de financiamento e de funcionamento do Serviço Nacional de Saúde + (SNS).
Abrir de forma generalizada a prestação de Cuidados de saúde + suportados pelo Estado aos privados é algo que está fora da perspectiva do gabinete de Correia de Campos, cuja perspectiva de abertura dos privados se limita às parcerias para a construção e exploração de hospitais. Ora essa participação dos privados na prestação de cuidados do SNS é justamente a pedra de toque das jornadas da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), um pouco na senda da "revolução muito grande" que ocorre noutros sistemas de saúde europeus.
No entender de Teófilo Leite, presidente da APHP, "o Estado deveria centrar-se na sua função essencial de financiador e contratualizar cuidados com os prestados públicos (como acontece com os hospitais de gestão empresarializada), privados e sociais", fazendo "o dinheiro seguir o doente". Acredita que isto fomentaria a qualidade, por força da concorrência entre prestadores. E aí entra, diz, a liberdade de escolha do doente, porque induz essa concorrência.
Teófilo Leite cita os exemplos da Alemanha - onde a prestação de cuidados é partilhada entre públicos, privados e sector social - e do Reino Unido, onde já existe liberdade de escolha do prestador.
O presidente da APHP acredita que Portugal nem precisaria de gastar mais dinheiro, aludindo aos 30% de gastos do SNS que são "desperdício". "Trata-se de gastar melhor. O problema está na gestão centralizada da saúde". Defensor dos seguros de saúde, Teófilo Leite prefere não ouvir falar da falta de poder de compra da generalidade dos portugueses para ter um. "Mais de 20% da população têm hoje seguro de saúde. É a prova de que não estão satisfeitos com o SNS".
Fonte: Jornal de Notícias
Abrir de forma generalizada a prestação de Cuidados de saúde + suportados pelo Estado aos privados é algo que está fora da perspectiva do gabinete de Correia de Campos, cuja perspectiva de abertura dos privados se limita às parcerias para a construção e exploração de hospitais. Ora essa participação dos privados na prestação de cuidados do SNS é justamente a pedra de toque das jornadas da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), um pouco na senda da "revolução muito grande" que ocorre noutros sistemas de saúde europeus.
No entender de Teófilo Leite, presidente da APHP, "o Estado deveria centrar-se na sua função essencial de financiador e contratualizar cuidados com os prestados públicos (como acontece com os hospitais de gestão empresarializada), privados e sociais", fazendo "o dinheiro seguir o doente". Acredita que isto fomentaria a qualidade, por força da concorrência entre prestadores. E aí entra, diz, a liberdade de escolha do doente, porque induz essa concorrência.
Teófilo Leite cita os exemplos da Alemanha - onde a prestação de cuidados é partilhada entre públicos, privados e sector social - e do Reino Unido, onde já existe liberdade de escolha do prestador.
O presidente da APHP acredita que Portugal nem precisaria de gastar mais dinheiro, aludindo aos 30% de gastos do SNS que são "desperdício". "Trata-se de gastar melhor. O problema está na gestão centralizada da saúde". Defensor dos seguros de saúde, Teófilo Leite prefere não ouvir falar da falta de poder de compra da generalidade dos portugueses para ter um. "Mais de 20% da população têm hoje seguro de saúde. É a prova de que não estão satisfeitos com o SNS".
Fonte: Jornal de Notícias