Apenas a Vitamina D + é recomendada no primeiro ano de vida de crianças saudáveis.São cada vez mais raras as situações de carências vitamínicas nos mais novos. É por essa razão que , actualmente, e segundo explicou ao DIÁRIO a directora do Serviço de Pediatria + do Hospital Central do Funchal + (HCF), Amélia Cavaco, as Academias Europeia e Americana de Pediatria apenas recomendam a administração de um suplemento de vitamina D no primeiro ano de vida da criança, altura da vida em que o crescimento é mais rápido.
Ao contrário do que acontecia há algumas décadas, em que eram comuns doenças como o raquitismo, pelagra, beri-beri, anemias por deficiência de Vitamina B12 + , hoje em dia são poucas as crianças portuguesas que sofrem episódios mais ou menos longos de carências alimentares.
Amélia Cavaco explica que as vitaminas necessárias ao desenvolvimento normal dos mais novos "já se encontram numa alimentação diversificada". As vitaminas são apenas prescritas em termos pediátricos no caso de carências específicas provocadas por doenças crónicas, medicações prolongadas, infecções graves ou carências alimentares. Uma criança saudável não necessita de suplementos vitamínicos, sublinha a médica pediatra.
A directora do serviço de Pediatria do HCF diz ainda que os pais já não pedem tanto aos médicos para receitarem vitaminas para os filhos. "Os pais compreendem que uma boa Nutrição + é suficiente".
Excesso também é mau
As vitaminas A e D, quando dadas em quantidades excessivas, podem causar problemas graves como calcificações. A vitamina C também pode ser prejudicial quando utilizada em excesso, podendo levar ao aparecimento de cálculos renais.
Há que ter em mente que o uso de vitaminas em excesso, sem orientação médica, pode provocar efeitos indesejáveis.
Fonte: Diário de Notícias