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quinta-feira, 29 de novembro de 2007

65 CRIANÇAS AFECTADAS PELA SIDA

A Madeira segue a tendência nacional e no Serviço Regional de Saúde + não há memória de nascimentos de bebés infectados com Vírus da sida + . E também não há crianças com VIH entre as 65 que recebem apoio da 'Abraço' na Região. "São crianças afectadas pela sida, são filhos de pais infectados, mas não contraíram a doença". Margarida Martins, a responsável pela instituição, garante que na vida destes miúdos e miúdas a sida é apenas um dos problemas. "São oriundos de famílias problemáticas, com muitas dificuldades sociais, económicas e culturais. O nosso apoio é para colmatar essas insuficiências". A presidente da 'Abraço' está na luta contra a doença desde os anos 80 e não se espanta com a ausência de casos de crianças infectadas pelas mães. Os novos medicamentos são muito eficazes, reduziram para menos de dois por cento a transmissão do vírus de mãe para filho. "A menos que as mães não façam os tratamentos durante a gravidez, a probabilidade de infecção por essa via é muito reduzida". Os casos que persistem já não são por falta de tratamento, mas porque as mulheres não foram acompanhadas por médicos ou não fizeram a profilaxia recomendada. Os novos tratamentos reduziram também o número de órfãos da sida. Segundo Margarida Martins, as 65 crianças acompanhadas pela 'Abraço' na Madeira têm os pais vivos. "Na Europa, em Portugal, a sida é quase uma doença crónica, os tratamentos são eficazes, garantem qualidade de vida e mais tempo de vida às pessoas". O problema em Portugal, explica a presidente da associação, não são os medicamentos, a falta deles, nem o acesso das pessoas aos tratamentos. "A falha está na prevenção. Portugal é, a seguir à Ucrânia, o país com mais novos casos de doença por ano. Esta é a prova de que, por cá, não se apostou na prevenção de modo eficaz. Não se quis gastar, mas a verdade é que os tratamentos das pessoas infectadas custam muito mais ao Estado, a todos nós". Apesar de se ter reduzido de forma drástica o contágio entre mãe e filho, até Outubro deste ano o vírus foi transmitido a um bebé, menos oito do que em 2002, ano em que nasceram nove crianças infectadas pelo vírus da sida.menos de 2%O contágio da sida de mãe para filho baixou 93% nos últimos dez anos segundo dados tornados públicos pelo Instituto Nacional de Saúde. A taxa de infecção era, nos anos 90, na ordem dos 25%; em 2006 ficou-se pelos 1,8% e este ano está em 0,5%. Esta redução está associada à profilaxia que se faz sempre que os serviços de saúde detectam grávidas infectadas com o VIH. O que é relativamente fácil, já que as mulheres acompanhadas no Serviço Nacional de Saúde + fazem os testes aos vírus. Até Outubro, 195 grávidas estavam infectadas.
Fonte: DN