Barbie+ s, bonecos do 'wrestling', 'action man', nenucos. No Natal os pedidos dos mais novos são muitos e variados mas não saem do leque dos brinquedos. É por isso que nesta altura do ano se sucedem os alertas relativamente a estas 'prendas'. Porém, os acidentes com brinquedos não são tão frequentes como eram há uns anos. Amélia Cavaco + , directora do Serviço de Pediatria + do Hospital Central do Funchal + , refere que anualmente existem sempre alguns casos, embora não sejam tão significativos como as quedas em escadas ou os acidentes com os andarilhos. Segundo a médica pediatra, actualmente os brinquedos são mais seguros do que eram. Há peças, bonecos e jogos adequados a cada faixa etária, com especificidades ao nível do material utilizado e dos formatos. "As arestas passaram a ser rombos", exemplifica a especialista. Mas, embora a população esteja mais sensibilizada para a importância da segurança dos brinquedos, há que ter em atenção outros aspectos. Amélia Cavaco refere os casos de famílias onde existem crianças de diferentes idades. "Quando há crianças mais velhas, que brincam com outro tipo de objectos ou jogos, é preciso que os pais ou cuidadores tenham mais cuidado com as crianças mais pequenas", alerta. Brinquedos com peças pequenas ou que possam ferir devem estar longe do alcance dos mais novos. Apesar de não tão frequente como há uns anos, aos serviços de saúde continuam a chegar crianças que engolem pequenos objectos, ou que os colocam no nariz ou ouvidos, com queixas de feridas na boca causadas por lápis afiados ou outras peças, ou com pequenos cortes no nariz.A Associação de Defesa do Consumidor+ (DECO) alerta para o facto de que certos aspectos, como "peças pequenas que se soltam facilmente, farpas e cordões muito compridos, podem ferir ou originar acidentes, em especial com as crianças até aos 3 anos".Segundo a DECO, "um brinco introduzido no ouvido, a roda de um carrinho metida na boca ou o cabelo de uma boneca metido numa narina são algumas das consequências de brinquedos mal concebidos ou com defeito de fabrico".Deco testou e enconTrou 'armadilhas'Dos 30 produtos que a DECO - Associação de Defesa do Consumidor testou, 18 escondiam vários perigos para as crianças. Os principais problemas encontrados foram as pilhas acessíveis, os bordos cortantes e pontas aguçadas, as peças pequenas que se soltam facilmente e uma rotulagem com erros ou pouco perceptível. Para tentar evitar ou prevenir acidentes, a DECO criou um formulário de denúncia online onde qualquer um pode denunciar brinquedos que considere perigosos. Para fazer a denúncia, basta preencher os campos com a informação pedida. Depois de a receber, a DECO envia-la-á para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica+ .