A doença da Língua Azul, que afecta várias explorações pecuárias no Sul do país, já terá alastrado ao distrito de Portalegre, onde esta semana foram detectados seis focos suspeitos, disse hoje à Lusa um dirigente associativo local.
De acordo com o presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre, Fragoso de Almeida, foram detectados três focos suspeitos no concelho de Elvas, um em Campo Maior, outro em Arronches e um último em Nisa.
O responsável adiantou ainda à agência Lusa que as amostras recolhidas em animais suspeitos foram enviadas para a Direcção de Serviços Veterinários da Região Alentejo, em Évora, devendo os resultados ser conhecidos até ao final desta semana.
Apesar de não confirmar qualquer suspeita ou foco da doença no concelho de Nisa, a veterinária municipal emitiu hoje um comunicado pedindo aos produtores da região para que «consultem com a máxima urgência o serviço médico veterinário das respectivas explorações».
Um apelo que justificou com a detecção de focos da doença da Língua Azul «em ovinos de explorações próximas do concelho de Nisa», nomeadamente em Vila Velha de Ródão, no distrito vizinho de Castelo Branco.
De acordo com o último balanço do Ministério da Agricultura, até às 12:00 do passado dia 25, havia 429 explorações pecuárias sob suspeita no Alentejo e Algarve, que englobavam um total de 86.459 animais.
Destes, 3.461 estão afectados com a doença e 2.620 já morreram desde que foi confirmado o primeiro foco do serótipo 1 da Língua Azul em Portugal, a 21 de Setembro no concelho alentejano de Barrancos.
Desde então, foram implementadas novas medidas sanitárias, como a criação de uma nova zona de restrição e controlo, que actualmente engloba os concelhos de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e sete na região Centro.
Sequestro das explorações afectadas, controlo dos movimentos dos animais, meios de transporte e explorações, assim como testes de pré-movimentação, são outras das medidas sanitárias adoptadas.
Segundo o Ministério da Agricultura, a vacina para prevenir o serótipo 1 da Língua Azul está actualmente a ser testada e, «se tudo correr bem», deverá estar disponível gratuitamente a partir de 06 de Novembro.
O ministro da Agricultura, Jaime Silva, anunciou que o Governo vai apoiar os produtores pecuários afectados pela doença da Língua Azul, pagando «entre os 55 e os cem euros» por cada animal morto.
Estes apoios para indemnizar os produtores pela mortalidade causada pelo serótipo 1 da doença, segundo Jaime Silva, destinam-se às explorações onde «os animais estão identificados e que foram já objecto das medidas de 2004 relativamente ao serótipo 4» da doença.
A Língua Azul é uma doença de origem vírica que infecta todos os ruminantes, mas que apenas se manifesta de forma grave na espécie ovina e não afecta os seres humanos e não apresenta qualquer impacto para a saúde pública e segurança alimentar.
Fonte: Diário Digital / Lusa
De acordo com o presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre, Fragoso de Almeida, foram detectados três focos suspeitos no concelho de Elvas, um em Campo Maior, outro em Arronches e um último em Nisa.
O responsável adiantou ainda à agência Lusa que as amostras recolhidas em animais suspeitos foram enviadas para a Direcção de Serviços Veterinários da Região Alentejo, em Évora, devendo os resultados ser conhecidos até ao final desta semana.
Apesar de não confirmar qualquer suspeita ou foco da doença no concelho de Nisa, a veterinária municipal emitiu hoje um comunicado pedindo aos produtores da região para que «consultem com a máxima urgência o serviço médico veterinário das respectivas explorações».
Um apelo que justificou com a detecção de focos da doença da Língua Azul «em ovinos de explorações próximas do concelho de Nisa», nomeadamente em Vila Velha de Ródão, no distrito vizinho de Castelo Branco.
De acordo com o último balanço do Ministério da Agricultura, até às 12:00 do passado dia 25, havia 429 explorações pecuárias sob suspeita no Alentejo e Algarve, que englobavam um total de 86.459 animais.
Destes, 3.461 estão afectados com a doença e 2.620 já morreram desde que foi confirmado o primeiro foco do serótipo 1 da Língua Azul em Portugal, a 21 de Setembro no concelho alentejano de Barrancos.
Desde então, foram implementadas novas medidas sanitárias, como a criação de uma nova zona de restrição e controlo, que actualmente engloba os concelhos de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e sete na região Centro.
Sequestro das explorações afectadas, controlo dos movimentos dos animais, meios de transporte e explorações, assim como testes de pré-movimentação, são outras das medidas sanitárias adoptadas.
Segundo o Ministério da Agricultura, a vacina para prevenir o serótipo 1 da Língua Azul está actualmente a ser testada e, «se tudo correr bem», deverá estar disponível gratuitamente a partir de 06 de Novembro.
O ministro da Agricultura, Jaime Silva, anunciou que o Governo vai apoiar os produtores pecuários afectados pela doença da Língua Azul, pagando «entre os 55 e os cem euros» por cada animal morto.
Estes apoios para indemnizar os produtores pela mortalidade causada pelo serótipo 1 da doença, segundo Jaime Silva, destinam-se às explorações onde «os animais estão identificados e que foram já objecto das medidas de 2004 relativamente ao serótipo 4» da doença.
A Língua Azul é uma doença de origem vírica que infecta todos os ruminantes, mas que apenas se manifesta de forma grave na espécie ovina e não afecta os seres humanos e não apresenta qualquer impacto para a saúde pública e segurança alimentar.
Fonte: Diário Digital / Lusa