Opina José Manuel França, o novo presidente do Conselho Distrital da Madeira da Ordem dos Médicos +
Apesar de só tomar posse no início de Fevereiro, disse já estar a trabalhar para os seus objectivos: a formação contínua dos médicos, a revisão das carreiras médicas, a reformulação da convenção com o GR e a remodelação da sede da OM.
Apesar de só tomar posse no início de Fevereiro, disse já estar a trabalhar para os seus objectivos: a formação contínua dos médicos, a revisão das carreiras médicas, a reformulação da convenção com o GR e a remodelação da sede da OM.
A Ordem dos Médicos (OM), na Madeira, foi a eleições. José Manuel França é o novo presidente do Conselho Distrital da Madeira da Ordem dos Médicos, sucedendo assim a França Gomes + . Apesar de só tomar posse no início de Fevereiro de 2008, José França traçou ao Tribuna quais são as perspectivas para o seu mandato.
Segundo o cirurgião vascular, “as perspectivas são as que prometi aos meus colegas durante a minha campanha. Os cursos de formação, de gestão, cursos que são comuns a todos os médicos, inerentes a cada especialidade, eram feitos fora da Região. E, ter que se ausentar vários fins-de-semana seguidos é muito complicado. Portanto, os cursos de especialidade médica vão ser feitos na Região, no horário pós laboral.
A formação contínua dos médicos é uma prioridade”, sublinhou José Manuel França.
“Visto que as carreiras médicas estão em alteração nós, médicos, precisamos da tal formação para acompanhar a evolução das carreiras médicas.”
Segundo José França: “O Ministro referiu que ele iria alterar ou, eventualmente, acabar com as carreiras médicas, mas elas não vão acabar”, garantiu. “Há negociações avançadas entre o próprio Governo e os sindicatos e a Ordem. No nosso caso, estamos a ter um papel fundamental em relação à revogação das carreiras médicas. Como Conselho Distrital, temos colaborado até então, e vamos continuar a colaborar”, afiançou.
“A convenção deve ser revogada” Segundo José Manuel França, “a convenção é um acordo antigo, tem mais de 30 anos.” Como tal, “teve, tem e terá todo o seu mérito, mas achamos que devemos revogá-la.”
A sede da Ordem dos Médicos foi inaugurada há já alguns anos, por Manuel Brito. No entanto, e segundo José Manuel França, a sede é também uma das prioridades. “Não vamos mudar a nossa sede, mas vamos fazer algumas obras e alterar um pouco a imagem”, disse. Quanto às perspectivas para o próximo triénio, “são muito ambiciosas, tenho um grupo muito coeso e bom para trabalhar nesse sentido. O nosso grupo nunca fugiu ao trabalho, por isso penso que vamos conseguir alcançar os nossos objectivos”, referiu o médico.
Em relação aos principais problemas da classe, “são aqueles que, infelizmente, o nosso Ministro vem nos pôr no dia-a-dia. Se nos deixarem trabalhar não temos problemas”, apontou José França. “Em relação à questão da alteração do nosso Código Deontológico + , isso não pode ser. Os nosso maiores problemas são aqueles que o Governo actual tem imposto. Não queremos trabalhar sem rédeas, mas temos o nosso Código Deontológico e temos de provar aquilo que mais gostamos de fazer que é tratar bem o doente”, salientou.
Quanto à Lei do Aborto, a ser aplicada na Região a partir de Janeiro de 2008, José Manuel França comentou: “É uma Lei nacional e tem de ser aplicada a toda a Região. Nós fazemos parte do território nacional. Como tal, a lei também tem que ser aplicada na Madeira. Se as estruturas estão ou não preparadas penso que só o Serviço Regional de Saúde + é que pode responder. Não é uma questão da Ordem mas, obviamente, nós apoiaremos os colegas em relação ao apoio jurídico.”
“A Ordem dos Médicos é independente” Questionado se já se reuniu com o Governo Regional + e se pretende manter reuniões, o novo presidente do Conselho Distrital da OM apontou: “Somos um grupo independente. Não estamos contra ninguém nem contra nada, mas gostamos de marcar a nossa independência quer em relação à política e mesmo ao próprio Bastonário.” Continuou: “Não temos, nem queremos, estar presos a ninguém para podermos fazer aquilo que pretendemos. O meu grupo quer representar o universo de médicos na Madeira que são 560 médicos.”
Fonte: Tribuna da Madeira