
As mulheres que vivem em centros urbanos estarão em maior risco de virem a desenvolver cancro da mama do que as que habitam em zonas rurais, sugere um estudo realizado no Instituto Londrino do Peito, situado no Hospital Princesa Grace. De acordo com a informação divulgada pelo site “HealthDay News”, a propensão está relacionada com a densidade do peito, que nas mulheres urbanas é maior.
«O nosso estudo sugere que quanto mais próximo das urbanizações e densidades populacionais elevadas as mullheres residem e trabalhem, maior é a probabilidade de terem o peito denso. E para cada um por cento de aumento de densidade do peito regista-se dois por cento de aumento de risco de desenvolver cancro da mama», explica Nicholas Perry, autor do estudo e director do Instituto Londrino do Peito.
O estudo inclui Mamografia + s digitais de 972 mulheres, entre os 29 e os 87 anos, que vivem ou trabalham em zonas urbanas (257), semi-rurais (135) e rurais (225). Densidade do peito não significa tamanho, mas sim maior concentração de tecido glandular em vez de tecido gordo, «o que significa uma área maior para o cancro da mama se instalar e desenvolver», explica Julia Smith, directora do programa de prevenção do cancro da mama da Universidade de Nova Iorque.
Das mulheres analisadas, 26 por cento tinham peito gordo, enquanto que as restantes os tinham mais ou menos densos. Cerca de 31 por cento das mulheres residentes em zonas rurais tinham os considerados peitos gordos, enquanto que tal só acontecia em 22 por cento das urbanas. Além disso, verificaram que 54 por cento das mulheres urbanas têm mais probabilidade de terem o peito denso do que as que vivem em zonas rurais e que as suburbanas têm 14 por cento mais de probabilidades de virem a desenvolver cancro da mama do que as que vivem afastadas dos grandes centros.
Contudo, os cientistas dizem que são necessários mais elementos a ter em conta, na medida em que as mulheres urbanas tendem a fazer mais Exercício físico + , conferindo maior tonacidade ao peito.