
Desde 19 de Novembro que o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Hospital de Valpaços exige os 35 euros pelo atendimento. "Os actos médicos, de diagnóstico e consumíveis deverão ser liquidados pelo próprio utente", decidiu a Santa Casa da Misericórdia, entidade que gere o hospital . O DN apurou uma consulta de urgência representa um valor de 35 euros, sem contar com qualquer outro serviço disponibilizado.
Estima-se que sejam afectados pela medida tomada pela administração daquela unidade de saúde mais de um milhar de utentes, que continuam a fazer descontos para a ADSE, incluindo funcionários da autarquia, professores, enfermeiros, funcionários das finanças, reformados e respectivos aglomerados familiares.
A razão apontada pela Santa Casa da Misericórdia de Valpaços, em comunicado, é que "desde Novembro de 2001, não foi entregue ao Hospital de Valpaços qualquer valor relativo ao atendimento de utentes pertencentes ao subsistema de saúde ADSE". Ângela Palas, coordenadora daquela unidade de saúde, não avançou com os valores que estão em dívida e afirmou que a situação irá continuar até que a mesma seja liquidada.
Surpreso com a situação, o Governador Civil de Vila Real, António Martinho, garantiu ao DN que já tomou as devidas diligências para que uma solução seja encontrada. "O problema vai ser resolvido muito em breve. É lamentável e até muito estranho que haja uma discrepância de tanto tempo entre a data dos serviços prestados e o pagamento dos mesmos. São seis anos e a sub-região de saúde já está a tomar medidas para averiguar as causas e liquidar a divida". Afirmou, ainda, que é inaceitável que depois de ter encerrado o serviço de urgência do centro de saúde valpacense os beneficiários se vejam, agora, privados de recorrer ao único serviço disponível
Manuel Terra, dirigente da União de Sindicatos de Vila Real, já levou o caso à Câmara Municipal e defende, também como subscritor daquele subsistema de saúde, que os utentes estão "ser prejudicados porque não há benefício das taxas moradoras existentes nos hospitais estatais". A situação é preocupante, adiantou, porque na cidade valpacense não existe nenhuma alternativa àquele serviço, que é privado. "Vemo-nos obrigados a deslocar ou a Chaves ou a Mirandela, a dezenas de quilómetros.
Fonte: DN Lisboa