Estudo americano sugere que a utilização de um novo medicamento em pacientes com a doença pode aliviar os sintomas em poucos minutos
Caso venha a confirmar-se, esta nova descoberta pode abrir novos caminhos para futuros tratamentos para pacientes que sofram da doença de Alzheimer.
Os cientistas norte-americanos injectaram o medicamento etanercepte na espinha de um paciente de 81 anos que sofre de demência em estado avançado, notando melhorias em apenas breves minutos.
O etanercepte actua ao suprimir a acção do factor de necrose tumoral (TNF), uma substância que, em excesso, pode piorar o estado da doença, estimulando o seu avanço.
Testes clínicos
A equipa de cientistas observou o progresso do paciente em testes cognitivos simples antes da injecção. Os resultados revelaram que o paciente não conseguía lembrar-se do nome do seu médico, o ano actual ou o local onde vivia.
Após apenas 10 minutos de ter sido administrado com etanercepte, o doente revelou bastantes melhorias, apresentando-se como mais calmo e atento, lembrando-se inclusivamente do dia da semana e do mês.
Apesar dos resultados promissores, ainda é bastante cedo para se falar em tratamento para a doença, até porque o sucesso em um paciente não significa que o tratamento será eficaz nos outros.
"Esta pesquisa é bastante promissora e inovadora, mas está apenas em fase inicial", afirmou Rebecca Wood, da Alzheimer Research Fund, uma das principais patrocinadoras de tratamentos para a doença. "É fundamental desenvolverem-se mais trabalhos na área por forma a averiguar se o etanercepte pode mesmo funcionar no tratamento para o Alzheimer", concluiu.
Fonte: Farmácia