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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

FALTA DE VITAMINA D LIGADA A RISCO DE PROBLEMAS CARDÍACOS

Mas especialistas dividem-se quanto à toma de suplementos

Ter níveis baixos de vitamina D no sangue está associado ao aumento do risco de problemas cardiovasculares, tais como ataques cardíacos ou AVC + , conclui um estudo norte-americano, que analisou 1739 pessoas, com idade média de 59 anos, durante cinco anos. O estudo verificou que os que tinham níveis mais baixos de vitamina D, que se obtém através da Exposição solar + , certos alimentos e suplementos, corriam 62 por cento mais riscos de terem um surto cardíaco.

Publicada na edição de Janeiro do jornal “Circulation” e divulgada pela site “Healt Day”, a análise diz, no entanto, que é ainda muito cedo para se poder recomendar a toma suplementar desta vitamina. Thomas J. Wang, autor do estudo e professor na Escola Médica de Harvard + , diz que ainda não existem evidências suficientes de que a carência da vitamina D esteja no mesmo nível de risco que o Colesterol + elevado e outros factores de risco conhecidos. «Ainda é prematuro para considerar a vitamina D à mesma luz que os outros factores de risco, porque este é um dos primeiros estudos clínicos. Não sabemos se aumentar os níveis de vitamina D com algum tipo de suplemento vai diminuir o risco. Isso requer algum tipo de experiência».

Esta vitamina é reconhecida como essencial para ter ossos fortes, uma vez que facilita a fixação do cálcio. Segundo o site, uma hora de exposição solar por semana permite ao sangue produzir cerca de 30 nanogramas de vitamina D por litro de sangue, o que é mais do que suficiente para prevenir o raquitismo, por exemplo.
O Instituto de Medicina dos Estados Unidos recomenda a toma de 200 unidades internacionais (IU) por jovens, de 400 por pessoas de meia-idade e de 600 por idosos. Mas obter essa quantidade de vitamina diária pode ser difícil, diz Robert U. Simpson, professor de farmacologia na Universidade de Michigan, que também já estudou os receptores de vitamina D nas células cardíacas.

Simpson considera que as recomendações actuais não são suficientes e defende a toma de suplementos. Já Wang é mais cauteloso e diz que os estudos existentes ainda não são suficientes para alterar a prática.
Fonte: Sapo Saúde