Sempre que o médico receita a um paciente um medicamento genérico, a vantagem imediata desta acção é possibilitar que o doente obtenha o medicamento de que necessita para o seu tratamento por um preço pelos menos 35% mais baixo do que o valor do medicamento original. Esta garantia alia-se a uma outra, ou seja, a de que o fármaco receitado cumpre exigentes critérios de qualidade e é um equivalente do medicamento original. Em suma: paga-se menos por um produto e o efeito é o mesmo.
A maioria dos portugueses confia na eficiência e na segurança dos medicamentos genéricos. A introdução de cada novo genérico depende da autorização do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) e de análises apuradas que revelam a evidência científica de que o genérico cumpre os mesmos princípios de eficácia do que um medicamento original.
Normas de qualidade
Respeitando normas de qualidade internacionais, os genéricos só surgem no mercado quando a patente de um determinado fármaco original (passados dez anos do seu lançamento) perde a exclusividade da propriedade industrial sobre o seu processo de fabrico e das substâncias activas que o compõem. A partir deste momento, outros laboratórios, cumprindo com boas práticas de fabrico, podem produzir uma versão genérica do fármaco original. Os medicamentos genéricos são produtos com efeitos comprovados que passam a ser produzidos por diversas companhias farmacêuticas, sempre com a mesma garantia de qualidade e a um preço mais baixo. Isto porque não tiveram que suportar os custos iniciais de desenvolvimento.
Essenciais para o bom funcionamento do Sistema Nacional de Saúde (à semelhança de outros mercados europeus), os medicamentos genéricos geram imediatamente poupança na carteira dos utentes e nas despesas do Estado, e fazem com que as indústrias de medicamentos originais acompanhem a tendência do mercado com redução do preço dos seus medicamentos.
Cidadão deve questionar
Os médicos e os farmacêuticos estão informados sobre estes benefícios, mas cabe também ao cidadão questionar sobre a opção de adquirir um genérico em cada receita. Até porque, como já foi referido, caso exista um medicamento genérico para o tratamento do seu problema de saúde, o resultado está assegurado através dos controlos de produção, qualidade e segurança. Essa fiscalização é assegurada pelo Infarmed, tal como nos restantes Estados Membros da UE, onde as respectivas Agências (Organismos Farmacêuticos) também a realizam.
A APOGEN (Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos) tem assumido, desde a sua criação em 2003, e em nome dos seus 18 Associados, o compromisso de aumentar o conhecimento da população sobre as vantagens dos medicamentos genéricos, realizando ainda diversas acções que impulsionam o crescimento deste sector em Portugal. Um esforço que permite generalizar os níveis de poupança, promovendo padrões de competitividade, qualidade e ética, bem como a divulgação de normas nacionais e internacionais que regulamentam o sector.
Fonte: Jornal do Centro de Saúde