
Uma sondagem realizada pela Novadir junto de profissionais de saúde, para avaliar a sua opinião sobre os produtos probióticos, conclui que estes recomendam a sua ingestão, nomeadamente para a prevenção de doenças, em associação com fármacos.
Os produtos probióticos emergiram nos últimos anos como produtos que contêm elementos que potenciam a saúde, mas a existência de tais propriedades tem suscitado controvérsia juntos dos profissionais de saúde. Se por um lado há quem defenda os benefícios destes produtos, outra corrente diz que se trata apenas de manobras de marketing, não estando provadas centificamente as propriedades divulgadas. Neste sentido, um regulamento recente da Comissão Europeia vai obrigar as marcas a validarem cientificamente as frases promocionais sobre os seus produtos que alegam efeitos benéficos para a saúde.
Segundo a sondagem realizada pela Novadir, e divulgada pela Marktest + , a grande maioria dos inquiridos (85 por cento) considera que estes produtos são orientados à prevenção de doenças em associação com fármacos, enquanto que apenas quatro por cento é da opinião que os probióticos são produtos orientados ao combate a doenças como substitutos dos fármacos. Por outro lado, cerca de 50 por cento tem por hábito recomendar o consumo destes produtos. No entanto, de acordo com a nova legislação, poderá deixar de ser possível aos profissionais de saúde recomendar estes produtos, caso não seja comprovada a evidência clínica dos benefícios dos mesmos.
Segundo informação da Novadir, a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva + (SPED + ) reconhece os benefícios dos iogurtes probióticos na prevenção de doenças do foro gastrointestinal, tendo no início deste ano recomendado o consumo destes produtos. Para Venâncio Mendes, presidente da SPED, «os iogurtes probióticos têm reconhecidas propriedades, pois possuem microrganismos vivos atenuados que melhoram o funcionamento intestinal, funcionando ao nível da prevenção primária». Segundo o clínico, «estes produtos são regularmente utilizados como terapêutica auxiliar nos casos de Gastroenterite + aguda, de doenças inflamatórias e infecciosas do intestino, e ainda face à síndroma do intestino irritável e à acção da Helicobacter Pylori».
Assim, diz o estudo que 38 por cento recomenda o consumo de leite, 24 por cento o consumo de leite e iogurtes com suplementos (ómega, cálcio), 22 por cento recomenda o consumo de iogurtes, 22 por cento recomenda a ingestão de iogurtes para o Colesterol + , 18 por cento o Benecol, 12 por cento recomenda chás, 10 por cento derivados de leite, oito por cento recomenda Danacol, seis por cento recomenda Actimel, seis por cento legumes e verduras, seis por cento recoemenda leite e iogurtes de Soja + , quatro por cento recomenda queijos magros e outros quatro por cento recomenda fruta.
No entanto, a opinião dos médicos inquiridos nesta sondagem, relativamente à importância que atribuem a estes alimentos/produtos em termos do seu contributo para o bem estar e saúde, é muito variável, com 30 por cento dos inquiridos a considerarem estes produtos como importantes ou muito importantes e 42 por cento com um opinião contrária, ou seja, que os probióticos não contribuem ou contribuem pouco para o bem estar e saúde das pessoas.
O estudo foi realizado em Outubro junto de uma amostra aleatória de 100 médicos da especialidade de Clínica Geral, que exercem actividade em Portugal.