Uma empresa alemã e o Instituto Fraunhofer de Leipzig já têm autorização para produzir pele artificial a partir de raízes do cabelo. O projecto que as duas entidades desenvolveram permitirá fazer enxertos de pele, por exemplo em grandes queimados ou em pessoas diabéticas com úlceras nos membros inferiores. Uma técnica desenvolvida pelo Instituto Fraunhofer vai permitir usar material biológico de um paciente sem que seja necessário, para um enxerto de pele, provocar-lhe uma ferida para além daquela que se pretende fazer sarar.
Os cientistas servem-se apenas de alguns cabelos, a que extraem as células adultas das raízes, fazendo-as proliferar numa cultura de laboratórios durante duas semanas. Ao reduzirem, depois, o meio de cultura, expõem essas células ao meio ambiente de forma gradual. O oxigénio presente no ar leva as células a diferenciar-se em células da pele. Os pequenos bocados de tecido podem, consoante as necessidades, ser "colados" uns aos outros, chegando-se mesmo até um metro quadrado.
Os tratamentos através deste processo de enxerto começam já este ano, podendo beneficiar entre dez a 20 doentes em cada mês.
Fonte: JN
