O ministro da Saúde garantiu, em declarações ao DN, que existem dez Urgências + básica (SUB) a funcionar das 42 prometidas. Faltam, por isso, 32 para que se cumpra a rede proposta pela comissão de peritos - 25 delas em centros de saúde. Das dez SUB existentes, nove estão a funcionar em hospitais que já tinham esta valência. E apenas uma resulta do reforço de meios em centros de saúde: o de Odemira, que há um ano foi alvo de polémica depois de duas mortes. E são os centros de saúde que mais necessitam deste investimento.
Barcelos, Amarante, Lamego, Águeda, Alcobaça, Torres Novas, Tomar, Elvas, Lagos são os hospitais que já estão a funcionar como SUB.
Além do prometidofecho de 15 serviços sem condições para funcionar como urgência - seis dos quais já concretizados -, a comissão definiu ainda que fosse criado um nível de atendimento, menos apetrechado, mas que garantisse os cuidados urgentes aos doentes, nomeadamente em zonas do interior. Nasceu assim o conceito de Serviços de Urgência Básica, que tem como objectivo funcionar como primeiro nível de intervenção para populações distantes de urgências com mais meios. Mas sem um calendário pré-definido.
Das 42 SUB anunciadas, a grande maioria (26) foi pensada para ser instalada em centros de saúde. Mas, ao contrário dos SAP, têm que ter dois médicos e dois enfermeiros em permanência, além de recursos de patologia clínica ou radiologia. Objectivo: "evitar a falsa segurança" que a tutela atribui aos SAP. O ministro diz que muitas das SUB ainda por criar estão dependentes de pequenas obras - como Oliveira de Azeméis ou Monção - e outras de reforço de pessoal ou de equipamentos. Para demostrar que esta reforma não é motivada por razões de contenção de custos, Correia de Campos + garante que "o investimento já realizado em obras, equipamento, transporte e novas equipas para o INEM + é muito superior às economias de escala esperadas". Mas escusa-se a adiantar valores.
Fonte: DN Lisboa