Hoje, entra em vigor, também na sequência desta morte, uma alteração no acompanhamento dos doentes na triagem de Manchester com as Urgências + intermédias a serem vistas por clínicos gerais.
Segundo informações avançadas por Teresa Bugalho, chefe da equipa de urgências, por dia chegam a ser atendidas 600 pessoas nas urgências. "Fazemos o melhor que podemos. Tanto em espaço como em número de médicos, não conseguimos fazer mais", desabafa. Médicos de clínica geral de outras áreas do hospital já foram requisitados para apoiar a urgência. Mas ontem à tarde registava-se um atraso de três horas nos doentes triados com cor amarela, para os quais se recomenda que sejam vistos no prazo de uma hora.
A triagem está a cargo de enfermeiros, mas, a partir das 08.00 de hoje, caberá a médicos de clínica geral fazer logo a observação do doente, tomando nota de sinais vitais, história clínica e outros dados que permitam avaliar o grau de urgência, sendo depois encaminhado para a especialidade com a prioridade que merece ou recebendo tratamento e, nos casos que se justifiquem, alta.
O objectivo é conseguir encaminhar os pacientes de pulseira amarela numa hora. "Vamos ver se conseguimos pelo menos para os urgentes", diz Teresa Bugalho. Os doentes sinalizados a vermelho e laranja recebem prioridade absoluta, enquanto os a verde e azul (ligeiros) aguardam por disponibilidade clínica.
Fonte: DN Lisboa