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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

REFORÇO CLÍNICO NÃO GARANTE MENOR TEMPO DE ESPERA

A valência de urgência do Hospital Distrital de Aveiro Infante D. Pedro continuava ontem "com grande dificuldade para observar os doentes graves", o que levou a direcção a decidir reforçar o atendimento, para já, com mais um médico de clínica geral contratado para prestar serviço a partir de hoje. Está prevista a possibilidade de serem mais os contratados, mas ainda não se sabe quando estarão a trabalhar. O reforço impôs--se depois de, a 2 de Janeiro, ter falecido uma idosa de 85 anos, que esteve quatro horas numa maca à espera de atendimento por um médico. O hospital abriu processo interno e a família pondera também um processo.




Hoje, entra em vigor, também na sequência desta morte, uma alteração no acompanhamento dos doentes na triagem de Manchester com as Urgências + intermédias a serem vistas por clínicos gerais.





Segundo informações avançadas por Teresa Bugalho, chefe da equipa de urgências, por dia chegam a ser atendidas 600 pessoas nas urgências. "Fazemos o melhor que podemos. Tanto em espaço como em número de médicos, não conseguimos fazer mais", desabafa. Médicos de clínica geral de outras áreas do hospital já foram requisitados para apoiar a urgência. Mas ontem à tarde registava-se um atraso de três horas nos doentes triados com cor amarela, para os quais se recomenda que sejam vistos no prazo de uma hora.






A triagem está a cargo de enfermeiros, mas, a partir das 08.00 de hoje, caberá a médicos de clínica geral fazer logo a observação do doente, tomando nota de sinais vitais, história clínica e outros dados que permitam avaliar o grau de urgência, sendo depois encaminhado para a especialidade com a prioridade que merece ou recebendo tratamento e, nos casos que se justifiquem, alta.





O objectivo é conseguir encaminhar os pacientes de pulseira amarela numa hora. "Vamos ver se conseguimos pelo menos para os urgentes", diz Teresa Bugalho. Os doentes sinalizados a vermelho e laranja recebem prioridade absoluta, enquanto os a verde e azul (ligeiros) aguardam por disponibilidade clínica.







Fonte: DN Lisboa