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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

EDULCORANTES E ASPARTAME




Existe a percepção de que os adoçantes não calóricos podem afectar a saúde. Os edulcorantes são substâncias que dão doçura aos alimentos. Podem ser calóricos como a sacarose (açúcar vulgar), frutose, glucose, mel, etc. Ou ter um valor energético muito baixo, comparativamente aos calóricos, para o mesmo poder adoçante.





Ao usar o termo "edulcorantes" vamos referir-nos apenas a estes últimos, que incluem o acessulfame K, o aspartame, a sucralose, a sacarina, etc.




A utilização de edulcorantes em substituição do açúcar deve-se normalmente ao objectivo de produzir alimentos ou bebidas de valor energético reduzido, já que o poder edulcorante dos mesmos pode ser entre 150 e 600 vezes superior ao do açúcar e consequentemente a quantidade utilizada será muito inferior.




Tendo em consideração o problema da obesidade, este é um objectivo socialmente muito relevante, mesmo que o impacto na redução do ganho de peso, tendo por comparação o açúcar, seja menor do que o esperado.




É que o hábito de consumo de produtos doces mas de baixas calorias pode enfraquecer a associação natural entre o sabor doce e as calorias, o que poderá diminuir a influência do consumo de um produto doce na redução do apetite.




Os edulcorantes são aditivos alimentares pelo que a sua utilização está legislada, sendo absolutamente segura na perspectiva da saúde. Alguns edulcorantes são usados há dezenas de anos; o mais atacado recentemente, o aspartame, é usado há mais de 20 anos.




Existem mais de 200 estudos favoráveis ao aspartame e o desenho ou a execução dos poucos estudos desfavoráveis foram facilmente questionados pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), retirando-lhes qualquer valor científico.




Por vezes é afirmado que o consumo de edulcorantes a partir de várias fontes pode levar a um consumo superior à dose diária aceitável (ADI), mas tal é praticamente impossível, já que obrigaria ao consumo de quantidades impensáveis dos respectivos alimentos.








Não há certezas acerca da segurança dos adoçantes intensos




Aditivos alimentares, tais como os adoçantes intensos, são fortemente regulados. Nenhum aditivo alimentar pode ser utilizado sem ser considerado seguro e ser aprovado. Na Europa esta aprovação é dada pela European Food Safety Authority (EFSA). A Comissão Europeia determina os níveis máximos dos aditivos nos diferentes alimentos. Estes níveis máximos são cuidadosamente calculados com uma margem de erro de cem vezes. Há uma certeza absoluta acerca da segurança de adoçantes aprovados, tais como o aspartame.





Andrew G Renwick, Emeritus Professor, School of Medicine, University of Southampton, Reino Unido








Fontes:
▪ Declaração Científica Bruxelas (2006)
▪ Managing Sweetness - Unesda (2006)
▪ Website Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (www.efsa.europa.eu)
▪ Website Agência Portuguesa para Segurança Alimentar e Económica (www.asae.pt) ▪ The intake of intense sweetners - an update review - Andrew G. Renwick - School of Medicine, University of Southamptom (2005)








Fonte: ANIRSF – Associação Nac. dos Industriais de Refrigerantes e Sumos de Frutos