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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

50% DAS PESSOAS NÃO SABE QUE SOFRE DA TIRÓIDE


Rita Hipólito






Até 15% da população nacional com mais de 50 anos poderá apresentar disfunções subclínicas da tiróide - alterações ligeiras do funcionamento glandular, normalmente assintomáticas, mas que implicam uma maior probabilidade de evolução para manifestações "abertas" de patologias tirodeias, e consequentes perturbações que afectam a qualidade de vida dos doentes.










Os principais distúrbios são hipotiridoismo (diminuição do metabolismo) e hipertiroidismo (efeito inverso) com consequências que podem ir do aumento do ritmo cardíaco, da tensão arterial e do colesterol, à maior probabilidade de perturbações do foro psiquiátrico ou mesmo maior risco de osteoporose.







Sendo praticamente assintomáticas, estas perturbações ficam por identificar até ser tarde demais. E mesmo quando a patologia já está declarada, a sintomatologia passa muitas vezes despercebida, razão pela qual, até 50% das pessoas que sofrem de doenças da tiróide desconhecem a sua condição. Esta é uma problemática que preocupa os especialistas, já que uma vez diagnosticadas as doenças da tiróide são de fácil tratamento.







Esta necessidade de um diagnóstico correcto e precoce das doenças da tiróide é um dos temas em discussão no 34.º Congresso Europeu da Tiróide, reunião anual da European Thyroid Association (ETA), que se realizará pela primeira vez em Portugal, entre 5 e 9 de Setembro. Um encontro que vai reunir um milhar dos principais especialistas europeus e mundiais na área, à volta de temas como a prevenção, detecção e tratamento das doenças da tiróide, nomeadamente doenças oncológicas da tiróide, tiróide e metabolismo, genética da tiróide e diagnóstico.







De acordo com o Coordenador do Grupo de Estudos da Tiróide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, e Presidente do Congresso, o endocrinologista João Jácome de Castro, director do Serviço de Endocrinologia do Hospital Militar Principal, "Este encontro é um espaço fundamental de discussão e troca de experiências, onde será possível contactar médicos e investigadores não só de toda a Europa, mas também dos Estados Unidos, Japão e Brasil. Por outro lado, é um momento fundamental para sensibilizar a população para estar atenta às doenças da tiróide, não menosprezando sintomas aparentemente comuns".











Fonte: Inforpress